Bolsonaro: ‘Policial que não mata não é policial’
Pré-candidato à presidência da República, deputado brinca em criar o "bolsa fuzil"O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) usou da sua tradicional retórica para defender a violência policial e o armamento da população, em evento Amarelas ao Vivo, promovido pela VEJA nesta segunda-feira, 27.
Perguntado sobre a participação de policiais militares na morte de centenas de pessoas no Rio, o pré-candidato à presidência da República afirmou que “policial que não mata não é policial”.
Ele também se disse a favor do direito de proprietários de terra portarem fuzis para enfrentarem movimentos sem terra. Brincou até que seria uma boa ideia instituir o “bolsa fuzil”. “A propriedade privada é sagrada ou não? Então, dentro da nossa casa, para o fazendeiro, fuzil, é sagrado ou não é?”, questionou o parlamentar.
Bolsonaro também foi questionado sobre o
foro privilegiado, do qual ele é beneficiário como deputado federal e
que foi contestado pelo juiz Sergio Moro e pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal Luís Roberto Barroso algumas horas antes, entrevistados
no mesmo evento.
O parlamentar disse ser a favor da manutenção da
prerrogativa e classificou como um “engodo” o projeto aprovado no
Senado, em março, que põem fim ao foro.
Segundo ele, mesmo se não tiverem o direito de serem julgados apenas pelo Supremo, os parlamentares continuariam postergando o desfecho dos processos judiciais por meio de infindáveis recursos nas instâncias inferiores.