Eleições
Maia quer ser candidato da mudança sem "radicalismos irresponsáveis"
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançou-se nesta quinta-feira à corrida presidencial com o discurso de que deseja ser o candidato daqueles que querem a “renovação na política” e da mudança sem “radicalismos e populismos irresponsáveis”.
Durante convenção do DEM que elegeu a nova Executiva do partido, Maia fez um discurso de 20 minutos no qual buscou se colocar como um nome conciliador, que conversa com as mais diversas forças políticas.
“Aceito o desafio de ser o candidato da mudança, sem populismos irresponsáveis, sem radicalismos, sem teses fáceis e sem demagogia, sem o antagonismo atrasado, retrógrado, ultrapassado entre direita e esquerda”, disse. “Aceito ser o candidato do equilíbrio, da responsabilidade e da solidariedade”, acrescentou.
“Será preciso ter coragem para contrariar interesses quando necessário, coragem para chegar no Brasil real, o Brasil das pessoas que trabalham, o Brasil das empresas que produzem”, disse. “Será preciso ter coragem e firmeza para vencer o Brasil do faz de conta, o país doente, dominado por um Estado atrasado, antigo e ineficiente.”
O deputado ignorou em seu pronunciamento o governo do presidente Michel Temer. Logo após o fim da convenção, em rápida entrevista coletiva, ele disse que o presidente busca um candidato que defenda o legado de seu governo, enquanto ele busca construir uma candidatura olhando para o futuro.
“A obrigação de defender o legado é do governo, não é obrigação da minha candidatura. A minha candidatura quer representar um projeto para o futuro”, disse.
Maia afirmou, em seu discurso, que será um candidato que saberá ouvir e dialogar com todos, para construir um projeto consistente para o país.
“Serei candidato a mudar o Brasil, um candidato que saberá ouvir a todos, dialogar com todas as correntes de pensamento”, disse. “Porque nossa tarefa passa a ser construir, até as convenções partidárias, um projeto consistente e viável para o Brasil”, acrescentou.
Apesar de aparecer com 1 por cento das intenções de voto na pesquisa Datafolha do final de janeiro, o deputado procurou ressaltar que sua candidatura é para valer, e disse estar certo de que estará no segundo turno das eleições de outubro.
“A minha candidatura vai decolar... não tem plano B... eu estou no segundo turno, com certeza”, disse a jornalistas.