ECONOMIA
Desemprego bate recorde e atinge 13,5 milhões de brasileiros

O desemprego chegou a 13,5 milhões de pessoas e atingiu 14% da população em setembro deste ano, dois recordes da sére mensal da Pnad covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios — Pnad Covid19), divulgada nesta sexta-feira, 23, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, explica a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
Já a população ocupada do país ficou em 82,9 milhões de pessoas em setembro, aumento de 1% frente ao mês anterior e recuo de 1,7% em relação a maio, o que para Maria Lucia, mostra a retomada gradual da economia.
Do total de pessoas empregadas, 93,5% não estavam afastadas do trabalho por conta da pandemia. Destes, cerca de 10,4% trabalharam de forma remota, no home office.
Testes para covid-19
A Pnad Covid19 também revela que o número de pessoas que fizeram algum teste de diagnóstico da covid-19 chegou a 21,9 milhões em setembro, o equivalente a 10,4% da população. Isso representa um aumento de quatro milhões em relação a agosto, em que 17,9 milhões haviam feito o teste.
Houve aumento também no número de testes positivos para a doença. No mês passado, 3,9 milhões de brasileiros receberam o diagnóstico da covid-19, já em setembro foram 4,8 milhões de pessoas que testaram positivo.
Por grupos de idade, o maior percentual de pessoas que fizeram algum teste para detecção da covid-19 foi entre 30 a 59 anos, cerca de 14,3% do total. Em seguida, os grupos de 20 a 29 anos (12,1%) e 60 anos ou mais (9,2%).
O Distrito Federal foi a unidade da Federação com maior percentual de testes realizados, cerca de 22,2%. Na sequência vem o Piauí (17%) e Goiás (16%). Os estados com menor porcentagem de testes realizados foram Pernambuco (6,8%), Acre (6,9%) e Minas Gerais (7,8%).
Três tipos de testes são abordados pela pesquisa: o SWAB, exame em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz; o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo; e o exame com sangue retirado na veia do braço. Dos 21,9 milhões de pessoas que fizeram o teste, 8,8 milhões fizeram SWAB e, destas, 2,3 milhões receberam diagnóstico positivo.
Este é o primeiro levantamento mensal feito pelo IBGE sobre os impactos da pandemia do novo coronavírus no país. Até a semana passada, eram divulgados boletins semanais.