Maioria dos valores esquecidos não passa de R$ 1 por pessoa

Depois de toda movimentação e burocracia para resgatar das instituições financeiras o anunciado "dinheiro esquecido", o brasileiro tomou um banho de água fria ao consultar o saldo. O Banco Central admitiu nesta segunda-feira, 14, que a maior parte do público, um total de 13,8 milhões de CPFs, tem até R$ 1 para receber. Somando tudo, esses valores chegam a R$ 5.033 milhões.

A indignação e o sentimento de revolta tomou as redes sociais de quem viu o valor irrisório na conta. Em entrevista a Agência Estado, o Banco Central também esclareceu que o segundo maior grupo de pessoas a receber o anunciado recurso financeiro está na faixa entre R$ 1,01 e R$ 10,00, totalizando 8,7 milhões de pessoas (R$ 36,1 milhões). 

Na sequência, 6,6 milhões de pessoas têm entre R$ 10,01 e R$ 100 para receber, somando R$ 265,0 milhões. O BC diz que há ainda 2,7 milhões de pessoas que têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 esquecidos nos bancos (R$ 855,2 milhões).

Mas, para alguns privilegiados, o resgate valerá a pena. Para 364,8 mil pessoas o montante a ser recebido varia de R$ 1.000,01 a R$ 10 mil (R$ 975,9 milhões). Outros 36 mil CPFs têm entre R$ 10.000,01 e R$ 100 mil (R$ 863,3 milhões) e 1,3 mil pessoas que são beneficiárias de valores acima de R$ 100 mil (R$ 279,7 milhões). 

A consulta ao saldo nos bancos foi liberada a partir do dia 7 de março, mas de forma escalonada, para evitar corrida bancária. 

Para que seja solicitado o resgate, mesmo dos centavos que serão devolvidos, é necessário o acesso a plataforma Gov.br federal, com nível de prata ou ouro - que exige mais autenticações, como reconhecimento facial e autorização via aplicativo do banco.