ROMBO MILIONÁRIO

Conta de luz terá nova taxa extra para consumidor

Por Tamara Albuquerque 16/03/2022 - 18:00
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Agencia Brasil
Pagamento de empréstimo será por meio de bandeira adicional embutida nas tarifas com início em 2023
Pagamento de empréstimo será por meio de bandeira adicional embutida nas tarifas com início em 2023

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a operação de crédito de R$ 10,5 bilhões para as distribuidoras de energia elétrica cobrirem o rombo gerado pelos custos da crise energética do ano passado. O crédito será financiado por um grupo de bancos públicos e privados. O pagamento será por meio de bandeira adicional que virá embutida nas tarifas de energia elétrica, durante 54 meses, com início em 2023.

A manobra foi aprovada na terça-feira, 15, pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e havia sido determinada por medida provisória e um decreto presidencial.


A operação visa reduzir os impactos financeiros – e o posterior repasse deles à tarifa dos consumidores – dos custos referentes à compra de energia elétrica no período de escassez hídrica de 2021. O novo empréstimo ao setor elétrico será de até R$ 10,5 bilhões, dividido em duas partes. O financiamento, com cobrança de juros, será pago pelos consumidores de energia por meio de um novo encargo aplicado à conta de luz a partir de 2023.

Este será o segundo empréstimo de socorro ao setor elétrico desde 2020, quando um primeiro financiamento foi usado para amortizar os impactos da pandemia de covid-19. Ela foi autorizada pela Medida Provisória 1078 e regulamentada pelo Decreto 10.939/2022.

A primeira parte do empréstimo será de até R$ 5,3 bilhões, à vista. Segundo a Aneel, o valor deverá cobrir o saldo negativo das bandeiras tarifárias que não arrecadaram o suficiente (R$ 540 milhões); o custo do bônus pago aos consumidores que economizaram energia no fim do ano passado (R$ 1,68 bilhão); a postergação de cobranças pelas distribuidoras (R$ 2,33 bilhões); e a importação de energia, entre julho e agosto do ano passado (R$ 790 milhões).

Já a segunda parte – estimada, até o momento, em outros R$ 5,2 bilhões – será para cobrir parte do custo da contratação emergencial de energia, realizada em leilão simplificado no ano passado e com período de fornecimento a partir de 1º de maio deste ano.

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