ALERTA
Anvisa ordena recolhimento de cosmético que teria cegado consumidora

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, fabricação, propaganda e o uso da pomada para Tranças Ômegafix, fabricada por Cape Indústria de Cosméticos Ltda e que é muito utilizado em salões de beleza de Maceió e interior do estado. O cosmético é suspeito de queimar a córnea de uma mulher no Rio de Janeiro. A medida, que também determina o recolhimento da pomada, foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (23/3), por meio da Resolução RE 892.
A Anvisa informou que o produto citado não está regularizado na Agência. Não foi encontrado processo de regularização deste produto na Gerência de Cosméticos do órgão. Entretanto, um dossiê de investigação foi aberto após várias denúncias de problemas com o uso da pomada.
Segundo a Anvisa, o produto não está regularizado como cosmético junto ao órgão, portanto, não é possível aferir a segurança de uso da pomada.
Cegueira
No Rio de Janeiro, a manicure Josiane Reis de Souza, de 41 anos, afirma que perdeu a visão após ter usado a pomada para Tranças Ômegafix. Uma parente da consumidora relatou nas redes sociais que a manicure aplicou a pomada nos cabelos na última sexta-feira,18, e no dia seguinte, ao mergulhar numa piscina o produto teria escorrido para os olhos, provocando queimaduras.
A manicure contou que "a visão foi ficando toda esbranquiçada, tudo nublado, parecia que eu estava dentro de uma nuvem de fumaça. Durante a madrugada, eu já não conseguia mais enxergar. Então, eu tive que ir ao hospital porque os meus olhos queimavam muito. Chegando no Hospital do Olho, o médico averiguou que a minha córnea havia sido queimada", disse Josiane.
Produtos químicos nos olhos potencialmente podem causar alergia, conjuntivite química, ceratite e até perfuração ocular. Segundo os médicos, dependendo do tipo de produto e do tempo de exposição, os danos podem ser irreversíveis. Ao sentir sintomas nos olhos, os médicos pedem que a vítima minimize a concentração da substância que entrou em contato, lavando com soro fisiológico ou mesmo com água corrente e nunca deve coçar os olhos. Somente após a lavagem copiosa, o paciente deve procurar, de preferência, atendimento médico oftalmológico de urgência para avaliação do caso.
Publicidade