ELEITOREIRO
IDEC pede suspensão do consignado do Auxílio Brasil
MP junto ao TCU pediu que a modalidade de crédito seja suspensa pois pode beneficiar Bolsonaro
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou mais de 2 mil reclamações referentes ao empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. O levantamento da entidade foi feito entre os dias 11 e 17 de outubro em diferentes canais digitais que mostravam as queixas dos consumidores sobre a modalidade de empréstimo.
O instituto divulgou uma nota técnica defendendo a suspensão da oferta de crédito consignado. O comunicado endossa o pedido feito Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União na última 3ª feira (18.out.2022).
Segundo o Idec, o monitoramento passou por mais de 9 mil comentários em 10 canais de YouTube, em páginas no Instagram, Facebook, páginas de reclamação e também no site consumidor.gov.br.
Entre os problemas que os consumidores relataram estão o assédio das instituições financeiras e a venda casada de seguro prestamista, modalidade de seguro voltada para o pagamento de obrigações financeiras, no caso de situações inesperadas que impeçam a quitação de dívidas. Ou seja, é um tipo de proteção para clientes que possuem dívidas e que, diante de imprevistos, podem não conseguir pagar as prestações.
Para o instituto, a concessão de crédito consignado também tem caráter eleitoral em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que a medida foi implementada em agosto, às vésperas do início do período de campanha.
“A Caixa tem acelerado a implementação do programa no contexto de segundo turno das eleições, focando sobretudo nas classes mais vulneráveis, público que tem maior rejeição ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro”, diz a nota do Idec.