ENSINO SUPERIOR
Universidades federais têm deficit de 4.900 professores
Posições estão vagas por motivos como aposentadoria, falecimento, exoneração, demissão, promoção e indicação para cargos de confiança
O deficit nas universidades federais brasileiras é de 4.900 professores, quantidade que supera o total de docentes da maior instituição federal de ensino superior do Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 4.158 docentes. O levantamento foi feito com base nos números divulgados no Portal de Dados Abertos, do governo federal.
A UFRJ lidera a lista de carências, com 323 professores a menos do que o determinado em lei. Em segundo lugar está a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 282 faltas, seguida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com 216 desfalques.
Apesar das faltas, essas instituições empenharam apenas 77% dos recursos disponibilizados para este ano. A porcentagem corresponde a R$ 44,2 bilhões. O empenho é a primeira fase da despesa pública, quando é criada a obrigação de pagamento pelo governo.
A falta de verba e os recursos apertados serão um desafio para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que as instituições de ensino sofreram sucessivos cortes de verbas no ano passado. Lula precisou vetar da Lei Orçamentária de 2023 o provimento de 417 cargos em universidades federais e a criação de outros 1.829, devido ao impacto no planejamento e na gestão do quadro de pessoal permanente do Executivo.