R$ 37,5 BILHÕES
Adnoc: Quem é a empresa árabe que pode comprar a Braskem?
Companhia é considerada a quarta maior empresa petrolífera do mundoCirculou pelos veículos de notícias brasileiros, nesta sexta-feira, 5, a notícia de que a estatal Adnoc, controlada pelo governo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, teria preparado uma oferta de compra da petroquímica Braskem por até R$ 37,5 bilhões. Mas, afinal, quem é essa empresa?
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A ADNOC (Companhia Petrolífera Nacional de Abu Dhabi, em tradução livre do inglês) é considerada a quarta maior empresa petrolífera do mundo, com acesso às reservas de petróleo e gás natural do país (137 bilhões de barris (21.8×109 m3) de petróleo em junho de 2007).
Fundada em 1971 (e reestruturada em 1988), a ADNOC é uma das companhias líderes globais em reservas de petróleo. A empresa opera duas refinarias de petróleo: Ruwais e Umm Al Nar.
A ADNOC tem 14 empresas subsidiárias, tanto em upstream (que compreende as atividades de exploração e produção de petróleo, podendo ser em terra (onshore) ou no mar (offshore)) quanto em downstream (termo usado para definir, essencialmente, as atividades de transporte, comercialização e refino de petróleo e ainda transporte e comercialização de derivados de petróleo).
A ADNOC está desenvolvendo campos de gás natural tanto onshore quanto offshore. E a empresa é a oitava maior beneficiária de contratos federais dos Estados Unidos, tendo recebido um total de $918.256.500 de dólares somente em 2008.
Pessoas-chave
- Sheikh Khalifa bin Zayed Al Nahyan: diretor do Conselho Supremo do Petróleo;
Abdulla Nasser Al Suweidi: CEO.
Interesse na Braskem
As ações da petroquímica Braskem (BRKM5) saltaram no início da tarde desta sexta-feira, 5. Os ganhos chegaram a ser de 41,52%, a R$27,20. O movimento aconteceu após a notícia de que a estatal teria preparado uma oferta de compra da petroquímica por até R$ 37,5 bilhões.
Após a sessão de disparada, os papéis foram diminuindo os ganhos ao longo do dia, mas ainda fechou em forte alta, de 23,62%, a R$ 23,76.
Em comunicado divulgado no fim da tarde desta sexta-feira, a Braskem divulgou a informação recebida via Novonor (ex-Odebrecht), uma de suas acionistas sobre o tema. A empresa afirmou que não recebeu qualquer proposta, afirmou que não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados em sua participação de controle na maior petroquímica brasileira, negando informações publicadas pela imprensa local sobre o potencial interesse de grupo dos Emirados Árabes Unidos.
Em suas redes sociais, o senador Renan Calheiros (MDB) publicou um vídeo no qual chamou o afundamento do solo em Maceió de "um dos maiores crimes ambientais de todos os tempos". Calheiros afirmou que conversou com setores do governo federal, que ainda não estavam sabendo da proposta dos Emirados Árabes Unidos.
"Seja a proposta que for, gostaria de repetir que Alagoas e o Senado Federal não admitem que resolvam primeiro o problema da Braskem sem resolver o problema do estado de Alagoas, das vítimas que, com certeza, são vítimas de um dos maiores crimes ambientais de todos os tempos.", disse o senador.
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