PETROQUÍMICA

Governo federal avalia opção de Petrobras ampliar fatia na Braskem

As intenções do governo foram repassadas de forma direta pelo próprio presidente Lula em reunião, diz Reuters
Por Com InfoMoney 20/12/2023 - 09:48

ACESSIBILIDADE

Assessoria
Braskem
Braskem

O governo federal está considerando a possibilidade de a Petrobras (PETR4) aumentar sua participação na Braskem (BRKM5) como parte de uma estratégia para facilitar uma eventual venda a investidores estrangeiros. Isso ocorre em meio à intensificação do problema de afundamento do solo em uma área onde a Braskem opera minas em Maceió. Uma fonte bem informada sobre as movimentações no âmbito executivo e legislativo revelou que o governo não aceitará a fragmentação da petroquímica e tampouco liberará recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas brasileiras interessadas na aquisição da Braskem.

As intenções do governo foram comunicadas diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião que envolveu as principais lideranças políticas de Alagoas no Congresso, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), apesar de serem adversários políticos. Ministros, outros parlamentares e autoridades locais também estavam presentes, conforme relatado pela fonte. Segundo ela, Lula foi claro ao transmitir a mensagem de que, se necessário, a Petrobras poderia aportar recursos adicionais para fortalecer a posição de compra por investidores externos.

Atualmente, a Petrobras detém 36,1% do capital total da Braskem e 47% do capital votante, enquanto a Novonor (ex-Odebrecht) possui 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total. Em novembro, o grupo petrolífero de Abu Dhabi Adnoc fez uma oferta não vinculante de 10,5 bilhões de reais pela participação da Novonor na Braskem. A Petrobras tem o direito de preferência para adquirir a fatia da Novonor colocada à venda e também o direito de "tag along" para vender sua própria participação no negócio.

A Petrobras ainda não respondeu ao pedido de comentário, mas tem afirmado em entrevistas ter uma posição privilegiada na Braskem. A Novonor optou por não comentar o assunto, e o Palácio do Planalto não se pronunciou imediatamente sobre a reunião conduzida por Lula para discutir a situação da Braskem.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato