CIÊNCIA E SAÚDE
Vírus comedor de ânus mata em 30% dos casos e alerta comunidade científica
Ação muitas vezes é rápida e fulminante, atuando na garganta, pele, ânus e órgãos genitais![](/assets/imgs/warning-icon.png)
![A síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS) é causada por uma forma mais grave da bactéria que causa o estreptococo A A síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS) é causada por uma forma mais grave da bactéria que causa o estreptococo A](https://img.dhost.cloud/zxZJkSMN79EvSlHuzVQPFf55-D4=/700x429/smart/https://ojornalextra.us-east-1.linodeobjects.com/uploads/imagens/2024/03/462d86b0-4fbc-4415-8637-fc00808ebf1b-1.jpeg)
Uma situação inusitada vem alarmando autoridades do Japão e causando desinformação. O chamado “vírus comedor de ânus” — como passou a ser denominado nas redes sociais – vem se espalhando no País, chegando a causar alerta.
Apesar do “apelido” de vírus, o alerta vale na verdade para uma bactéria, denominada Streptococcus pyogenes, também conhecida como estreptococo do grupo A. Ela passou a ser chamada de vírus devido à sua forma de agir.
Esta bactéria pode causar uma série de condições, desde infecções de garganta e amígdalas até doenças mais graves, como escarlatina, febre reumática e síndrome do choque tóxico. A bactéria pode se proliferar na garganta, pele, ânus e órgãos genitais.
A taxa de mortalidade dos infectados chega a 30%, o que é o motivo de tanta preocupação, segundo cientistas, médicos e autoridades da saúde naquele país.
Nos dois primeiros meses de 2024 foram registrados 941 casos, o que deve ultrapassar os anos anteriores. Apesar disso, a bactéria “não ‘come’ ânus”, como foi sugerido em algumas postagens nas redes sociais. Na verdade, ela pode colonizar orifícios corporais, como ânus, garganta, narinas e genitais, onde causa complicações.
Bactéria misteriosa
A bactéria aparece com mais frequência em idosos a partir dos 65 anos. Entretanto, o surgimento de muitos casos com pacientes com menos de 50 anos tem deixado as autoridades alarmadas.
No pior registro, um adolescente de 14 teve que amputar as mãos e os pés em razão do choque tóxico causados por complicações da bactéria.
“Há muita coisa que não sabemos sobre a atuação. Sobretudo essa forma fulminante de ataque, graves e repentinas do estreptococos. Também não temos ainda condições de explicar”, publicou o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) em comunicado recente.
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