ESTACA ZERO

Justiça susta acordo do governo com sindicato que aceitou encerrar greve

Andes pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026
Por Agências 30/05/2024 - 13:44

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Andes
A decisão judicial surgiu por meio de ação ordinária movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe contra a União
A decisão judicial surgiu por meio de ação ordinária movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe contra a União

O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, anulou, nesta quarta-feira (29/5), o acordo firmado entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) sobre o reajuste salarial dos professores de universidades e institutos federais.

A decisão judicial surgiu por meio de ação ordinária movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS - Seção Sindical do ANDES-SN) contra a União e visa impedir que o governo assine acordos com a Proifes- Federação durante as mesas de negociação que tratam tanto da reestruturação da carreira docente quanto da greve da categoria.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos havia anunciado, na segunda (27), um trato com o sindicato pelo fim da paralisação. O reajuste seria de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. Com a decisão desta quarta-feira (29), o arranjo está suspenso.

Na decisão, o juiz Edmilson da Silva Pimenta diz que um acordo da gestão Lula (PT) com apenas uma entidade pode prejudicar os “direitos pleiteados pelo movimento paredista dos docentes que não são representados pela referida entidade, os quais sofrerão prejuízos em relação aos seus interesses e à busca pelos direitos reivindicados durante a greve, na medida em que o movimento poderá ser finalizado sem que tenham sido atendidos em suas demandas que ensejaram a deflagração da reportada greve”.

O Andes pede aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026 e planeja seguir apoiando a greve até o governo aceitar as condições. Além disso, a entidade pede um plano par a recomposição do orçamento das universidades federais, em queda nos últimos anos.

O grupo deve fazer uma manifestação em Brasília no próximo dia 3 de junho. Professores de universidades e institutos federais têm se manifestado a favor de manter a greve. Na terça (28), as 63 instituições de ensino paralisadas nos últimos 55 dias realizaram assembleias para decidir se retornariam às atividades, e todas optaram por seguir em greve. Dentre elas estão Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Ufba (Universidade Federal da Bahia).


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