ÚNICA PREVENÇÃO

Ministra faz apelo para pais vacinares crianças contra a paralisia infantil

Brasil só vacinou até agora 3 milhões de crianças de 0 a 4 anos, mas público-alvo é 10,5 milhões
Por Redação 01/07/2024 - 13:39

ACESSIBILIDADE

Ministério da Saúde
Todos os município de Alagoas estão vacinando contra a paralisia infantil
Todos os município de Alagoas estão vacinando contra a paralisia infantil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo público aos pais e responsáveis para que imunizem as crianças contra a poliomielite. Mais de 7 milhões de crianças ainda não receberam o imunizante, a única forma de prevenção contra a doença que deixa sequelas para a vida inteira. A campanha foi encerrada no último dia 14, mas as vacinas seguem disponíveis para a aplicação de rotina nos postos de saúde. “Precisamos ter bastante atenção à poliomielite e vacinar todas as nossas crianças”, salientou na tarde desta sexta-feira (28), no estado do Rio, onde cumpriu agenda em Belford Roxo, na baixada fluminense.

Segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) , pouco mais de 3 milhões de doses foram aplicadas até ontem (27). O público alvo é de 10,5 milhões de crianças de 0 a 4 anos de idade.


Ao comentar a conjuntura da vacinação no país, a ministra destacou que estados e municípios devem tornar a imunização mais ampla para atingir mais pessoas e facilitar o acesso da população. “A vacina tem que chegar perto. Às vezes as pessoas não se dão conta devido à falta de tempo. Por isso, tem que ter vacinação na escola e nos postos com horários ampliados”, defendeu.


A campanha deste ano é estratégica para o enfrentamento à poliomielite, pois o país está em fase de transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). Ou seja, o esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, a partir do segundo semestre de 2024.

Certificação

O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC). Essa categorização se deu a partir do desempenho das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus, por exemplo.

Em 2022, 77% das crianças com menos de 1 ano receberam a dose da VIP. Já em 2023, esse número saltou para 84,63%, de acordo com dados preliminares.

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