POLÍTICA
Quaest: 52% dos brasileiros acham justa decisão de tornar Bolsonaro réu
Pesquisa mostra que outros 36% consideraram "injusta" decisão do STF
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerada "justa" por 52% dos eleitores. Essa constatação é apontada pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada neste domingo (6/4), que perguntou aos brasileiros: "A decisão do Supremo Tribunal Federal foi justa ou injusta?".
Enquanto 52% foram favoráveis à decisão, 36% consideraram "injusta" decisão da Suprema Corte e outros 12% dos entrevistados não responderam ou não souberam responder à questão apresentada pela Genial/Quaest. A margem de erro do levantamento é de 2% para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%.
O levantamento entrevistou 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março. A decisão do STF em acatar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi publicada em 26 de março. No STF, Bolsonaro terá de se defender da acusação de ter atuado em prol de um Golpe de Estado.
Jair Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente brasileiro réu por acusação de tentar um golpe de Estado — ou seja, ele vai responder a um processo penal. A Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Nela, Bolsonaro e outros sete ex-integrantes do seu governo são acusados de cinco crimes relacionados a um suposto plano de golpe de Estado para impedir Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder após as eleições de 2022.
Eles fariam parte do que a PGR chamou de "núcleo crucial" de uma trama golpista contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Todos negam as acusações.
Bolsonaro será preso?
Essa pergunta também foi feita aos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest. Para 46% dos eleitores ouvidos, o ex-presidente será condenado à cadeia pelo STF. Já para 43%, o político do PL não será preso, enquanto 11% afirmaram não saber ou não responderam à pergunta sobre o futuro de Bolsonaro.