Nutrição
Cerca de 22% das crianças no Ceará apresentam sobrepeso
Situação é agravada pelo consumo de açúcar e ultraprocessados; mingau está entre os vilões
A obesidade infantil no Brasil continua sendo um desafio crescente, com índices alarmantes na região Nordeste. De acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), ligado ao Ministério da Saúde, o excesso de peso entre crianças nordestinas tem se intensificado.
No Ceará, por exemplo, cerca de 22,77% das crianças entre 5 e 9 anos apresentam sobrepeso (SISVAN, 2020), um dado que chama atenção para a gravidade do problema na região. Hoje, 3,7 milhões de crianças e adolescentes no Brasil têm excesso de peso, segundo o SISVAN (2023). A projeção da World Obesity Federation é ainda mais preocupante: o Brasil pode ter até 50% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos com obesidade ou sobrepeso em 2035.
A situação é agravada pelo crescente consumo de alimentos ultraprocessados. Cereais de café da manhã e mingaus prontos, ricos em açúcares e conservantes, estão cada vez mais presentes nas mesas das famílias nordestinas.
A ingestão excessiva desses alimentos tem gerado preocupações sobre os impactos a longo prazo na saúde das crianças, principalmente em um contexto onde a desnutrição também é uma realidade em várias áreas do Nordeste. O levantamento "Insegurança Alimentar no Brasil" (IBGE, 2020) revela que a região concentra a maior proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar, levando muitas famílias a optarem por alimentos de baixo custo, mas com altos índices de açúcar e outros componentes pouco saudáveis.
O mingau na alimentação tradicional do nordeste
O mingau, tradicionalmente feito com milho, arroz, aveia ou outros grãos, é um prato essencial na alimentação das crianças nordestinas. Prático e caloroso, o mingau é uma refeição rápida e nutritiva, mas frequentemente enriquecido com leite e, principalmente, açúcar. Essa combinação, embora saborosa, contribui para o aumento do risco de obesidade, doenças cardíacas e diabetes.
Dados do IBGE apontam que cerca de 80% das crianças nordestinas consomem alimentos ricos em açúcar diariamente, refletindo não só o gosto, mas também as condições econômicas e a falta de alternativas alimentares saudáveis na região.
Foi diante desse cenário que a Papapá, maior marca de papinhas do Brasil, desenvolveu uma linha de cereais sem adição de açúcar, pensada especialmente para atender às necessidades das crianças nordestinas. A proposta é simples, mas potente: oferecer uma alternativa mais equilibrada ao mingau tradicional, mantendo a praticidade e o sabor, mas com mais valor nutricional e sem ingredientes prejudiciais à saúde.
Leonardo Afonso, CEO da Papapá, destaca o papel estratégico da região no crescimento da marca. “Junto com Minas Gerais, alcançamos um crescimento de mais de 12 vezes em três anos, com uma aceleração de 6 vezes só nos últimos dois anos. Sabemos que o Nordeste representa uma fatia significativa dessa evolução, resultado da confiança das famílias locais e do alinhamento entre nossa proposta de nutrição prática e as necessidades reais do dia a dia”, explica.
A pediatra Virgínia Weffort, especialista em nutrição infantil, alerta para os riscos do consumo precoce de açúcar. "A introdução de açúcares na alimentação das crianças pequenas pode alterar o paladar e gerar uma preferência por sabores doces, aumentando significativamente o risco de obesidade e doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2." E ela acrescenta: "Por isso, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é clara: crianças com menos de 2 anos não devem consumir açúcar, para evitar esses problemas na vida adulta."
Leonardo Afonso, CEO da Papapá, afirma que: “Nosso objetivo é oferecer uma alternativa que não só seja saudável, mas que ajude a conscientizar as famílias sobre a importância de escolhas alimentares mais equilibradas.”
Com sabores como aveia, banana & ameixa; aveia & morango; e multicereais, o cereal é de fácil preparo e pensado para as famílias que buscam praticidade sem abrir mão da qualidade nutricional. De acordo com Fabiane Costacurta, gerente de desenvolvimento de produtos da Papapá, "desenvolver um produto sem adição de açúcar, com preparo fácil e ingredientes reconhecíveis, era uma demanda clara das famílias que acompanham a nossa marca."
A formulação do cereal é rica em fibras, minerais como cálcio, magnésio e fósforo, e aminoácidos essenciais, contribuindo para o bom funcionamento intestinal, o desenvolvimento ósseo e neurológico das crianças. A versatilidade do produto também se destaca, podendo ser utilizado não apenas como mingau, mas também em receitas como panquecas, bolos e muffins, ampliando as possibilidades de alimentação saudável para os pequenos.
Com uma estratégia focada no Nordeste, a proposta não é apenas transformar a alimentação das crianças, mas também educar os pais sobre escolhas alimentares mais saudáveis. "Queremos fazer a diferença na vida das crianças do Nordeste. A alimentação saudável não pode ser um luxo, mas uma realidade para todos", conclui Leonardo Afonso.
Sobre a Papapá
Fundada por pais que vivenciaram de perto os desafios da maternidade e paternidade, a Papapá é a maior referência nacional em papinhas naturais. A marca tem como missão oferecer produtos alimentícios equilibrados e livres de ultraprocessados, garantindo que as refeições das crianças sejam saborosas, nutritivas e seguras, mesmo nas rotinas mais corridas. A Papapá se compromete a simplificar a alimentação infantil, ajudando os pais a alimentar seus filhos com mais praticidade e carinho.