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Empresas enfrentam alto índice de mortalidade nos primeiros cinco anos

Especialista aponta falhas de gestão e falta de planejamento como principais causas
Por Redação 14/10/2025 - 07:13
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A maioria das empresas brasileiras não consegue sobreviver por mais de cinco anos
A maioria das empresas brasileiras não consegue sobreviver por mais de cinco anos

Cerca de 60% das empresas brasileiras encerram suas atividades antes de completar cinco anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice revela a fragilidade de grande parte dos empreendimentos no país e serve de alerta tanto para novos empreendedores quanto para gestores de organizações já consolidadas.

A especialista Suzana Marques
A especialista Suzana Marques

De acordo com a especialista em gestão empresarial Suzana Marques, o principal caminho para evitar fazer parte dessa estatística é a adoção de uma postura estratégica desde o início. “A gestão precisa olhar para todos os pontos da empresa. É importante buscar ajuda especializada, contratar um consultor para estudar o mercado e apontar quais são os caminhos para evitar um fechamento no futuro”, recomenda.

Os primeiros anos de funcionamento são os mais desafiadores. Para as empresas e também para projetos internos de gestão, a falta de planejamento sólido, acompanhamento constante e adaptação às mudanças costuma ser determinante para o fracasso. Definição de metas, métricas de desempenho, alocação de recursos e distribuição de responsabilidades são fatores essenciais para garantir sustentabilidade.

Suzana Marques reforça que o primeiro passo deve ser a validação do negócio. “O básico é começar testando o produto e descobrindo quem é o cliente. É nesse processo que o empreendedor encontra as ferramentas ideais para que o negócio se estabilize e alcance paz financeira. Um erro comum é misturar as contas pessoais com as da empresa”, alerta.

As estatísticas também variam entre setores e regiões, com alguns segmentos apresentando taxas de sobrevivência mais elevadas. Para os gestores, isso reforça a importância de avaliar riscos e compreender as particularidades de cada contexto. Setores mais competitivos ou inovadores exigem acompanhamento próximo e flexibilidade para se ajustar rapidamente às mudanças do mercado.

Por outro lado, o IBGE também destaca o grupo das empresas de alto crescimento, que se destacam por manter expansão contínua e impacto positivo na economia. O comportamento dessas organizações pode inspirar líderes: equipes que aprendem, inovam e mantêm foco em resultados sustentáveis tendem a garantir longevidade.

“Precisamos dormir e acordar com as metas. Vendas sem meta e sem bonificação não são vendas. A meta mais importante é acompanhar e não apenas definir os números”, ressalta Suzana Marques.

Os dados reforçam que a sobrevivência de um negócio não depende apenas de uma boa ideia, mas da qualidade da gestão. Investir em planejamento, acompanhamento e desenvolvimento contínuo da equipe é o que transforma iniciativas promissoras em resultados duradouros.


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