A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2024 para 76,6 anos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As mulheres têm expectativa mais alta, de 79,9 anos, e os homens 73,3 anos, um efeito da maior exposição à violência e acidentes de trânsito, além de hábitos de vida não saudáveis.

A taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,3 mortes para cada 1.000 nascimentos.

O indicador também apresentou recuo em relação a dados de 2023, que marcavam 12,5 mortes, e atualmente representa uma fração das 146,6 mortes a cada 1.000 nascidos no país em 1940. As informações iniciais são da Folha de S.Paulo.

A redução da mortalidade infantil está associada a campanhas de vacinação e outras ações de saúde, como a atuação de agentes comunitários e programas de nutrição infantil, além de atendimento pré-natal e aleitamento materno e aumentos de renda, de escolaridade e de cobertura de saneamento nos domicílios.

A expectativa de vida dos idosos também segue em crescimento. Uma pessoa que tinha 60 anos no ano passado teria, pela frente, mais 22,6 anos, segundo a média. Para homens, a projeção é de 20,8 anos, e para mulheres, mais 24,2 anos.

Os dados indicam que, aos 20 anos, homens têm 4,1 vezes a chance de mulheres de não completarem os 25 anos. Em 1940, afirma o IBGE, não havia registro dessa diferença, o que poderia ser explicado também pelo rápido processo de urbanização e de formação de metrópoles no país, que fez as taxas de mortalidade de homens jovens aumentarem nos anos 1980.

No mundo, mais pessoas têm atingido os cem anos de idade. Segundo a Divisão de População da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 588 mil pessoas no planeta comemoraram seu 100º aniversário no ano passado. A expectativa de vida global média é de 73 anos e a ONU projeta que ela deve atingir 77 anos até 2050.

O IBGE atualizou as estimativas a partir de dados do Censo Demográfico 2022 e da PPE (Pesquisa de Pós-Enumeração), que busca examinar a qualidade do recenseamento.