Operação Galho Fraco
Em vídeo, Sóstenes divulga documentos para justificar R$470 mil apreendidos
Deputado do PL afirma que dinheiro é fruto da venda de um imóvel em Minas Gerais
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), divulgou documentos para tentar comprovar a origem de R$ 470 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Galho Fraco. Entre os materiais publicados estão a declaração de Imposto de Renda, cópia da escritura de um imóvel e fotos da residência negociada.
A manifestação ocorreu nesta quarta-feira, 24, cinco dias após o parlamentar ser alvo da operação da PF. O dinheiro foi encontrado em um quarto de hotel, em Brasília, que estaria sob responsabilidade do deputado. Outro parlamentar investigado na ação é Carlos Jordy (PL-RJ).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Sóstenes afirmou que o valor é lícito e corresponde à venda de uma casa adquirida em 2023, na cidade de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Segundo ele, o imóvel estava devidamente registrado em seu nome e foi vendido por R$ 500 mil à vista, em dinheiro.
“O dinheiro encontrado é fruto da venda de um imóvel, com origem comprovada e declarada. Tenho certeza de que, após os esclarecimentos à Polícia Federal e ao ministro Flávio Dino, o valor será devolvido”, declarou.
De acordo com decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que autorizou a operação, os deputados investigados teriam se apropriado indevidamente de recursos da cota parlamentar por meio de servidores comissionados. A investigação aponta que parte dos valores teria sido direcionada a empresas como a Harue Locação de Veículos Ltda. ME e a Amazon Serviços e Construções Ltda.
Durante a operação, os parlamentares também tiveram celulares apreendidos. Sóstenes reafirmou inocência, alegou perseguição política e criticou adversários, citando ainda o filho do presidente Lula, a quem acusou de não ter a mesma transparência.
A Operação Galho Fraco é um desdobramento da Operação Rent a Car, deflagrada em dezembro de 2024, que apura crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.



