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Alagoas registra 72% de ocupação dos leitos de UTI para covid-19

São Miguel dos Campos e Palmeira dos Índios não têm mais vagas para internamentos
Por Tamara Albuquerque 01/03/2021 - 07:26
Atualização: 01/03/2021 - 08:13
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Agência Brasil
Alagoas registra 72% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19
Alagoas registra 72% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19

O Município de São Miguel dos Campos registra os leitos de UTI com capacidade esgotada, ou seja, não há mais vaga para internar pacientes com covid-19 que tenham o quadro de saúde agravado. A situação também é grave em relação aos leitos clínicos, com uma ocupação de 82% do total existente nos hospitais da cidade. A rede hospitalar está prestes a entrar em colapso, como em muitos municípios no País. 

Por enquanto, ainda é possível transferir pacientes para as UTIs da capital, mas Maceió está no limite da capacidade. Neste domingo, às 16 horas, 69% dos leitos de tratamento intensivo estavam ocupados na capital, que recebe pacientes de todo o estado, segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A situação da rede hospitalar em Alagoas é de risco: ocupação de 72% de todos os leitos de UTI e 60% dos leitos clínicos. O governador Renan Filho promete ampliar o número de leitos até o final de março e não descartou reabrir hospitais referência em covid-19 que funcionaram no ano passado. Entretanto, até agora, essa medida não foi iniciada.

 Na segunda maior cidade do estado a situação é ainda mais grave. Arapiraca  está com 82% dos leitos de UTI ocupados, pacientes que não têm previsão de alta,  e os leitos clínicos, que são apenas 85 unidades, já estão 74% ocupados. Neste 1º de março, Alagoas registra 131,7 mil casos de coronavírus, confirmados desde o início da pandemia e nesta segunda-feira deve passar dos 3 mil óbitos por covid-19.

A rede hospitalar no estado com UTI está presente também em Palmeira dos Índios (100% de ocupação); Penedo (60% de ocupação); Porto Calvo (70%); União dos Palmares (40%) e Santana do Ipanema (70%). 

Enquanto isso, a população continua a abandonar o isolamento social e o uso da máscara facial, duas medidas capazes de frear a disseminação do vírus.  No momento em que o estado mergulha na segunda onda da pandemia, que está mais intensa que no ano passado, jovens e adultos relaxam na prevenção, mesmo sabendo que não existe tratamento específico para o coronavírus. 

No sábado (27) apenas 36,4% da população esteve cumprindo o isolamento social, segundo dados da startup In Loco, que faz o monitoramento diário da medida em todo o território nacional. No dia 29 de março do ano passado, Alagoas apresentava o isolamento social de 60,2% da população, o maior já registrado na pandemia.

No ranking do isolamento social entre os estados, de acordo com o levantamento da startup, Alagoas ocupa a 18ª posição, com menos habitantes isolados que o verificado na Bahia (46,1%), Santa Catarina (44,83%), Acre (42,5%), Amazonas (41,7%) e Piauí (41,2%) entre outras unidades federativas.

A comunidade médica-científica é categórica: o uso de máscara e o distanciamento social são as principais medidas para diminuir a disseminação do vírus. A estratégia é importante mesmo com o início da vacinação e, principalmente, pela ciruculação no país de novas cepas do coronavírus.

Segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) neste domingo, mais 680 novo casos foram registrado no estado com 10 óbitos. No total, desde os primeiros registros, Alagoas tem 131.746 casos confirmados e 2.999 vítimas fatais da covid-19.

O número das notificações cresce diariamente, assim como a existência de casos suspeitos. Hoje estão aguardando resultados de exames para detecção do coronavírus nada menos que 11.514 pessoas.



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