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Países europeus ampliam restrições e aceleram vacinação para conter a Ômicron

Por Estadão Conteúdo 23/12/2021 - 15:06

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Ilustração do novo coronavírus
Ilustração do novo coronavírus

Mais três países europeus anunciaram nesta quinta-feira, 23, medidas restritivas contra o avanço da variante Ômicron do novo coronavírus no continente. Enquanto Itália e Espanha voltaram a exigir o uso de máscaras em público, a Grécia baniu eventos até o dia 3 de janeiro. Em paralelo, os principais países do continente aceleram a vacinação de crianças e a aplicação de doses de reforço para tentar conter o avanço da variante.

A nova cepa ainda provocou a primeira morte na Alemanha. No Reino Unido, país mais afetado pela variante, o primeiro-ministro Boris Johnson hesita em anunciar medidas de fechamento antes do Natal.

A Espanha, com uma das taxas de vacinação mais altas da Europa, registrou 50 mil casos de covid-19 na quarta-feira. O avanço da Ômicron fez com que as autoridades espanholas voltassem a exigir o uso de máscaras. Na Catalunha, o toque de recolher foi reinstalado pela Justiça.

A Itália, outro país com um alto índice de imunização, além de voltar a exigir máscaras, diminuiu a validade do passaporte da vacina de nove para seis meses e, assim como a Grécia, também baniu eventos públicos. Segundo as autoridades sanitárias italianas, 28% dos casos no país já correspondem à nova cepa.

Estudos recentes indicam que a Ômicron pode driblar a imunidade oferecida por infecções prévias e vacinas, apesar de oferecer um risco de hospitalização menor. A variante aparenta ser mais contagiosa que as cepas anteriores do coronavírus, o que pode submeter o sistema de saúde a um perigoso estresse.

A Alemanha confirmou nesta quinta-feira a primeira morte causada pela variante Ômicron do coronavírus, que foi detectada em 25% mais casos do que no dia anterior. A vítima é um paciente da faixa etária de 60 a 79 anos. Dos casos de covid-19 detectados no país até 22 de dezembro, 3.198 foram atribuídos à Ômicron, sendo que 48 exigiram hospitalização.

No Reino Unido, o premiê Boris Johnson enfrenta mais de 100 mil casos de covid por dia no país, com o sistema de saúde em risco pelo grande volume de pessoas infectadas. Pressionado por uma facção do seu próprio Partido Conservador para não tomar medidas mais severas, ele deve esperar o Natal para decidir por medidas mais restritivas.


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