COVID-19

Cerca 60% das crianças estão com ciclo vacinal atrasado em Maceió

Por Adja Alvorável / Estagiária sob supervisão, com assessoria 08/03/2022 - 18:15

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Victor Vercant/Ascom SMS
Crianças aptas a tomar segunda dose precisam atualizar cartão de vacinação.
Crianças aptas a tomar segunda dose precisam atualizar cartão de vacinação.

Cerca de 60% das crianças de Maceió aptas a tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 ainda não compareceram aos pontos de vacinação. O público é formado por crianças de 6 a 11 anos, que desde sexta-feira, 4, já podem tomar o reforço da Coronavac. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O Boletim Infogripe, divulgado na última sexta-feira, 4, pela Fundação Oswaldo Cruz, informa que de modo geral, houve redução da tendência de síndromes gripais, no longo (últimas seis semanas) e curto prazos (últimas três semanas) com prevalência do coronavírus nos registros de infecção em todas as faixas etárias analisadas.

No entanto, apesar do cenário de queda na população em geral, a incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em crianças apresentou “ascensão significativa” de 23% no período de 1º de janeiro a 6 de março. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 28 de fevereiro.

O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta em nota divulgada pela Fiocruz, que na faixa etária de 5 a 11 anos, neste momento em que as crianças ainda não completaram o ciclo de vacinação contra a covid-19, o risco de infecção é relativamente mais alto, ainda que os casos na população em geral estejam diminuindo.

"Em função disso, é importante que os responsáveis levem suas crianças para os postos de vacinação e estejam atentos à data para a segunda dose", enfatiza o pesquisador.

Ele chama a atenção para a importância de toda a população seguir com os cuidados básicos como o uso de máscaras, principalmente em ambientes internos como lojas, mercados, salas de aula e transporte público, além de seguir evitando locais com muita gente para diminuir o risco de levar o vírus para os mais vulneráveis.

"Isso também vai ajudar a proteger de outros vírus respiratórios que são causa importante de internações em crianças pequenas, como é o caso do vírus sincicial respiratório. A vacinação da população adulta diminuiu radicalmente o risco de casos graves, mas a epidemia ainda está presente”, reforça o pesquisador.


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