O candidato à Prefeitura de Maceió, Lobão (Solidariedade) defendeu o uso do canabidiol durante sabatina realizada EXTRA. Lobão afirmou que, se eleito, vai propor que o medicamento seja disponibilizado à população.

"O remédio canabidiol já é utilizado por quem tem dinheiro. Ele age na dor, é um fitoterápico. A gente sabe que uma pessoa com Alzheimer toma pelo menos três remédios diferentes: um remédio para o Alzheimer, um para a dor, outro para combater os efeitos colaterais daquele medicamento. E a gente sabe que muitas pessoas, especialmente as mais 'endinheradas', que têm acesso à informação e podem comprar o remédio, já fazem uso dele. A gente agora quer trazer o remédio para o público", afirmou Lobão.

O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são substâncias extraídas de plantas do gênero cannabis que vêm sendo utilizadas com sucesso no tratamento de uma série de doenças. As plantas mais conhecidas são a Cannabis Sativa e Cannabis Indica, popularmente conhecidas como maconha. Existem medicamentos aprovados pela Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa) com as duas substâncias para diversas condições de saúde.

Durante a sabatina, Lobão citou o exemplo do governo de São Paulo, que começou em junho a distribuir medicamentos à base de canabidiol (CBD). Pacientes que têm três doenças específicas podem ter acesso aos medicamentos de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

"Seguramente, eu terei uma Câmara que vai ser sensível à dor do povo e vai nos ajudar a transformar a lei. Lembrando que a lei é de minha autoria e já está sendo praticada em outras capitais, em outros estados. E detalhe: o governo do Tarsísio, de São Paulo, que faz uma linha mais conservadora [...] aprovou essa lei. Eu acho que eu não terei nenhum problema de entregar mais um remédio à população. Remédio. Não estou falando de outra coisa", destacou.

Lobão ressaltou que, se eleito, pretende discutir as proposta com os vereadores e com a população.

"A gente vai entregar à população uma opção a mais no tratamento. Ninguém vai ser obrigado a tomar o remédio. [...] Agora, detalhe, antes da gente se posicionar em colocar o remédio, eu vou ouvir os vereadores e farei uma audiência pública, vou ouvir o povo. Os especialistas de Maceió, de outros estados, especialmente de São Paulo, irão dizer os benefícios do remédio. E se o povo quiser e as autoridades de Maceió e de Alagoas também, a gente coloca o remédio na rede municipal. Se o povo e as autoridades não quiserem, então, fica com estamos. Vamos ouvir especialmente a quem sente dor. Aí, vamos um passo adiante. Nenhum passo meu será dado sem ouvir o povo", concluiu.

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