'Nunca fui a uma operação programado para matar', diz delegado Fábio Costa

O delegado Fábio Costa (PSB), vereador mais votado em Maceió, com 11.475 dos votos computados, concedeu, nesta segunda-feira, 16, sua primeira entrevista à imprensa na TV Mar. 

Na oportunidade, Costa alfinetou o governo do estado dizendo que seu desempenho na Polícia Civil incomodou os políticos poderosos, que "fizeram de tudo para apagar sua visibilidade". 

"O tiro saiu pela culatra", ironizou. Disse ainda que nunca seguiu a máxima: "bandido bom é bandido morto". "Não tenho esse pensamento. Nunca fui a uma operação policial programado para matar", declarou o vereador recém-eleito. 

Falou também que grande parte da criminalidade nasce a partir dos desvios públicos realizados por políticos corruptos: "Onde falta o poder público acontece a proliferação do crime".

Na Câmara, declarou que irá defender os valores da família, já que a sociedade, segundo ele, é de maioria cristã e conservadora. "Sempre vou seguir a linha do cidadão de bem e do cristão".

Denúncias

A cozinheira Edneide Figueredo Nobre denunciou ao jornal EXTRA, em setembro, que o filho Tiago Kennedy Figueredo de Oliveira, de 20 anos, teria sido morto mesmo sem reagir em operação policial no Pilar.

Na reportagem, ela denunciou que Fábio Costa seria um dos envolvidos na operação que tirou a vida de Tiago Kennedy "de forma covarde". A operação aconteceu no dia 5 de fevereiro. Kennedy era suspeito de participar de assaltos a ônibus. 

Em novembro de 2018, Costa também participou da Operação "Cavalo de Troia", que resultou na morte de 11 suspeitos de praticar assaltos a banco. O caso foi registrado na zona rural de Santana do Ipanema, no Sertão.

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