LUTO NA CULTURA ALAGOANA
Leda Lins morre aos 72 anos, em Pão de Açúcar

A professora Maria Leda Lins da Rocha, mais conhecida como Leda Lins, morreu na manhã desta terça-feira (4). Ela tinha 72 anos e foi encontrada sem vida por sua cuidadora, em sua residência, no município de Pão de Açúcar.
O corpo de Leda foi velado na igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus. No final da tarde, foi levado para o Cemitério de São Francisco de Assis, acompanhado de enorme cortejo de brincantes dos folguedos populares e pela Sociedade Musical Guarany.
Em sua passagem pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Alagoas, Leda chegou a ocupar a Diretoria de Difusão Cultural, tendo feito parte também do SOPROBEM durante o governo de Geraldo Bulhões.
Leda também participava ativamente do movimento negro, onde se destacou e deu contribuições importantes, entre elas na Comissão Estadual responsável pela elaboração dos eventos do centenário da abolição da escravatura, em 1988.
Como professora, trabalhou até 1978, quando realizou um procedimento cirúrgico para a retirada um tumor das cordas vocais.
Em 1997, após se desligar voluntariamente do serviço público (PDV) em um acordo, passou a morar em Pão de Açúcar, terra de sua mãe, Aurelina Alves da Cruz, e de seu irmão, o finado jornalista Teófilo Lins. Seu pai foi o pernambucano Manoel Pedro Lins. Leda era mãe do militar e repórter cinematográfico Rodrigo Lins e avó de três netos.
Morando no interior, continuou sua jornada pela cultura assumindo a Diretoria de Cultura entre 1997 e 2008. Colaborava ainda com as festividades de Bom Jesus dos Navegantes. Foi ela quem criou os corais Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria.
Nos últimos meses, quase que não saía mais de casa por ter dificuldade de locomoção e por temer a covid-19.