DECLARAÇÃO
Carlinhos Maia diz que casais homoafetivos 'salvam crianças que héteros deixam para trás'
Fala foi dita enquanto o influenciador fazia uma crítica ao projeto que quer proibir o casamento homoafetivo no BrasilAo criticar um projeto que tem o objetivo de proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, o influenciador Carlinhos Maia disse que casais LGBTQIA+ adotam crianças que héteros "deixam para trás
"Vocês me acompanham [com] o Lucas e acho que vocês entendem que não há nada de anormal nisso. Eu já casei, eles não podem cancelar isso, mas eu fico triste por tantos e tantos homens incríveis que assumem ser o que são e têm esse direito negado, de morar e manter uma família e de salvar tantas crianças que tantos héteros deixam para trás", disse Carlinhos.
Nos vídeos publicados nos stories do Instagram, Carlinhos ainda questionou sobre a justificativa ligada à religião, usada por alguns parlamentares que votaram a favor do projeto. "Eles usam o nome de Deus para tudo. Sempre para diminuir, limitar, prender, chicotear, julgar e mandar para o inferno. Que Deus é esse que o povo usa para destruir os outros? Não é o mesmo Deus que eu sinto no meu coração".
Carlinhos vive um relacionamento com o também influenciador Lucas Guimarães há 14 anos. Eles se casaram em maio de 2019 e compartilham o dia a dia do casal nas redes sociais.
"No país que a gente vive, com o tanto de gente passando fome, com tanta miséria, com educação péssima, com a saúde ridícula, esses homens preocupados com quem vai casar com quem", disse.
Sobre o projeto que tramita na Câmara
O texto foi aprovado nesta terça-feira, 10, por uma comissão da Câmara dos Deputados e ainda terá de ser analisado por duas outras comissões e pelos plenários de Câmara e Senado. O projeto foi apresentado em 2007 e desengavetado em 2023. A pauta é defendida por parlamentares de oposição ao governo e ligados à bancada evangélica.
A base jurídica para a oficialização dos casamentos homoafetivos é uma decisão do STF de 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou resolução para obrigar a celebração de casamentos homoafetivos em cartórios. Desde a resolução do CNJ, o número de casamentos homoafetivos cresceu quase quatro vezes no Brasil. Os registros saltaram de 3.700 em 2013 para quase 13 mil em 2022.
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