VELHO LOBO

Zagallo: veja como o alagoano de Atalaia entrou para história do futebol

Ex-jogador nasceu no dia 9 de agosto de 1931 na cidade que fica a 48 km da capital alagoana
Por Maria Salésia 06/01/2024 - 00:25
Atualização: 06/01/2024 - 01:02

ACESSIBILIDADE

Divulgação
América, Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira, camisas que Zagallo defendeu como jogador
América, Flamengo, Botafogo e Seleção Brasileira, camisas que Zagallo defendeu como jogador

O maior vencedor de Copas do Mundo da história é nordestino. Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu no dia 9 de agosto de 1931, em Atalaia, Alagoas e faleceu na noite desta sexta-feira, 5, aos 92 anos no Rio de Janeiro. A cidade natal, que fica a 48 km da capital Maceió, teve seu filho ilustre como morador por apenas oito meses. Antes mesmo de completar um ano de vida, Zagallo se mudou para o Rio de Janeiro com sua família, onde fincou raízes.

relacionadas_esquerda

Único tetracampeão mundial da história do futebol, Zagallo ganhou duas copas como jogador (1958 e 1962), uma como treinador (1970) e outra como coordenador técnico (1994). Ainda treinou o Brasil nas Copas de 1974, na Alemanha Ocidental (quarto lugar); de 1998, na França (vice-campeão), e de 2006, na Alemanha (quinto lugar), como assistente técnico.

Mas, até chegar ao auge do sucesso, o Velho Lobo aprendeu as manhas do futebol nas ruas da Tijuca, bairro da Zona Norte, onde passou a morar desde a saída de Alagoas. Foi lá que Zagallo passou a infância e adolescência e aprendeu a dar passes, driblar adversários e fazer gol.

Nas primeiras peladas de rua descobriu a paixão pelo futebol. Zagallo surgiu nas categorias de base do América Futebol Clube -RJ, que ficava próximo a sua casa. Depois, em 1950, foi transferido para o Flamengo, onde permaneceu por oito anos. Foi tricampeão carioca pelo Flamengo em 1953, 1954 e 1955. Disputou 205 jogos e marcou 29 gols.

Em 1958 acertou contrato com o Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca em 1961 e 1962. Em 1964, último ano no Botafogo, ganhou o troféu Belfort Duarte por ter jogado durante 10 anos sem ter nenhuma expulsão nesse período.

No ano de 1958 Zagallo foi convocado para a seleção brasileira, onde disputou a Copa do Mundo na Suécia. O ponta esquerda, que atacava e defendia, logo caiu no gosto do técnico Vicente Feola. Ao lado de outros craques, conseguiu colocar o Brasil no mapa do futebol mundial. Foi naquele ano que o Brasil conquistou a primeira Copa do Mundo, vencendo a Suécia-dona da Casa- por 5 x2.

O supersticioso Zagallo cerca-se de amuletos e manias, inclusive a fixação pelo número 13- devido a adoração de sua esposa por Santo Antônio, que nasceu em 13 de junho. Não é à toa que já foi visto à beira do campo segurando uma imagem de Santo Antônio, seu santo de devoção.

Em 2020, em desafio do GloboEsporte.com, foi escolhido o maior nordestino da história do futebol. Mas a história de Zagallo no futebol não se resume às quatro linhas do campo. Afinal, se uma Copa já torna o jogador imortal, o que dizer de quem carrega quatro títulos na bagagem?

Em quase 60 anos de carreira, o colecionador de títulos Zagallo é uma personalidade alagoana que ganhou o mundo.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato