Nesta quinta-feira, 15, o esporte nacional lamenta a perda de Silvio Luiz, ícone da narração esportiva, aos 89 anos. Hospitalizado desde 8 de maio, no Hospital Oswaldo Cruz, o narrador faleceu na manhã de hoje. Sua voz marcante e seus bordões memoráveis deixam um legado inestimável para o esporte nacional.

Os bordões de Silvio Luiz

Silvio Luiz ficou conhecido pelos bordões que marcaram gerações de apaixonados por futebol. "Olho no lance", "Pelo amor dos meus filhinhos", "No pau!", "Pelas barbas do profeta", "Mandar no meio do pagode" e "Queimou o filme" são apenas alguns exemplos da sua genialidade narrativa.

Sem gritos de gol

Dentre suas peculiaridades, uma se destaca: Silvio jamais gritava "gol". Essa escolha, explicada pelo próprio narrador, era uma estratégia para evitar o óbvio e prolongar a emoção do momento.

Quem era Silvio Luiz

Nascido em 1934, em São Paulo, Silvio Luiz iniciou sua carreira no rádio e na televisão nos anos 50, tornando-se uma figura emblemática do jornalismo esportivo. Sua passagem pela Record e Bandeirantes deixou marcas indeléveis na história da comunicação brasileira.

Além de sua contribuição como narrador, Silvio Luiz também se destacou como diretor de programação da Record e recebeu inúmeras indicações e prêmios ao longo de sua trajetória, incluindo o Troféu Imprensa e a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Educativo.

Discreto em relação à sua vida pessoal, Silvio era casado com a cantora Márcia desde 1969 e deixa como legado três filhos: Alexandre, Andréa e André. Seu impacto no jornalismo esportivo brasileiro é imensurável, e sua memória será eternamente lembrada pelos fãs do esporte e da narração.