Esporte
Filho do ex-boxeador Arturo Gatti é encontrado morto aos 17 anos no México
Jovem seguia carreira como boxeador amador e sonhava disputar as Olimpíadas
Arturo Gatti Jr., filho do ex-campeão mundial de boxe Arturo Gatti, foi encontrado morto na segunda-feira, 6, no México, aos 17 anos. O adolescente vivia no país com a mãe, a mineira Amanda Rodrigues. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Arturo Gatti Jr. tinha apenas um ano quando o pai foi encontrado morto, em julho de 2009, em Porto de Galinhas (PE). Na época, as autoridades brasileiras concluíram que o boxeador havia cometido suicídio, mas familiares e amigos sempre contestaram a versão. Uma investigação independente conduzida pelo patologista forense Michael Baden, a pedido do empresário e amigo Pat Lynch, apontou que Gatti não teria se enforcado.
Amanda Rodrigues, então esposa do lutador, chegou a ser presa e apontada como principal suspeita, mas foi liberada após 18 dias e nunca chegou a ser formalmente acusada. Em 2011, um juiz da Corte Superior de Quebec concedeu a ela o controle do patrimônio de Gatti, avaliado em cerca de US$ 6 milhões. A mãe do boxeador, Ida Gatti, tentou contestar um testamento alterado pouco antes da morte, mas a Justiça manteve a decisão a favor de Rodrigues.
Arturo Gatti nasceu na Itália, cresceu em Montreal e mudou-se na adolescência para Nova Jersey, onde construiu uma das carreiras mais marcantes do boxe. Campeão mundial em duas categorias, super-pena e super-leve, ele conquistou 40 vitórias (31 por nocaute) em 16 anos de carreira. É lembrado especialmente pela trilogia de lutas contra Micky Ward, com quem mais tarde formou grande amizade.
O ex-boxeador foi incluído no International Boxing Hall of Fame em 2013, quatro anos após sua morte. Ele deixou dois filhos: Arturo Jr., de seu casamento com Amanda Rodrigues, e Sofia, de um relacionamento anterior.