NOVA ZELÂNDIA
Ataques a duas mesquitas deixam 49 mortos e dezenas feridos
Ataques simultâneos a duas mesquitas na cidade de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, deixaram pelo menos 49 mortos e 48 feridos. Autoridades classificaram o crime como ataque terrorista de extrema direita. Um dos ataques foi transmitido ao vivo nos canais de mídia social, de acordo com as autoridades.
Pelo menos 48 pessoas, incluindo crianças, estão em hospitais em decorrência de ferimentos a bala. A polícia pediu o fechamento de mesquitas na Nova Zelândia.
Quatro suspeitos estão sob custódia, segundo a polícia. Um deles foi acusado de assassinato. O comissário de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que os suspeitos não eram conhecidos pelas autoridades. Bush afirmou ainda que dois dispositivos explosivos improvisados foram descobertos em um carro.
A polícia australiana no estado de New South Whales reforçou a segurança, enquanto a estação de trem em Auckland foi evacuada.
A Comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia exortou as pessoas do país a "se unirem". "A Nova Zelândia é um dos países com maior diversidade étnica do mundo e recebemos pessoas de todas as religiões e origens. Precisamos lembrar o poder da diversidade. Juntos, somos mais fortes.”
O atirador australiano além de transmitir ao vivo a ação mortífera também postou um manifesto racista no Twitter, segundo análise realizada pela AFP.
"Recomendamos o não compartilhamento do link. Estamos trabalhando para que essas imagens sejam removidas", acrescentou. A AFP analisou uma cópia do vídeo postado no Facebook Live que mostra um homem branco de cabelos curtos dirigindo-se à mesquita Masjid al Noor em Christchurch.