CIÊNCIA E SAÚDE

Medicamento pode frear avanço do câncer de pulmão, revela pesquisa

Medicamento utilizado para outras doenças teve o novo uso apresentado em Congresso Oncologia
Por Agências 09/06/2024 - 14:16

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Divulgação
Representação do câncer agindo no corpo humano
Representação do câncer agindo no corpo humano

Pesquisadores dos Estados Unidos, por meio de um estudo, concluíram que a medicação Osimertinib é capaz de impedir o avanço do câncer de pulmão em pacientes que possuem a doença em fase avançada. A medicação, que já é utilizada para outras situações em outros países, inclusive no Brasil, teve a nova aplicabilidade apresentada no Congresso Americano de Oncologia - um dos maiores da área.

Conforme a oncologista Flávia Amaral, da Oncoclínicas e do Hospital das Clínicas das UFMG, o estudo ‘Laura’ avaliou o papel do Osimertinib em pacientes com câncer de pulmão que já passaram por quimioterapia, radioterapia e que possuem a mutação EGFR. “Até então, o tratamento desse subgrupo de pacientes que possuem essa alteração era a quimio e a radioterapia. Mas, era observado que uma parcela deles tinham recidivas e a doença voltava a crescer e progredir. Esse estudo comprovou que um inibidor dessa alteração, o Osimertinib, faz com que a evolução da doença seja postergada”, esclarece.

Apesar da medicação ser promissora e um avanço no tratamento contra a doença, ainda não há estudos suficientes para comprovar que todos os pacientes que fizeram necessariamente terão uma sobrevida maior, nem que serão curados do câncer. "É uma medicação importante para evitar que a doença evolua. Porque, uma vez que ela caminha e que ela se torna metastática, os pacientes vão ter sintomas associados a essas novas lesões, por exemplo, lesões no cérebro e no sistema nervoso central”, afirma.

Flávia Amaral pontua que a expectativa dos médicos é de que, com o tempo, e com a evolução dos pacientes que participaram do estudo, os pesquisadores tenham respostas mais claras sobre os efeitos da medicação. “Com o tempo a gente vai ter respostas mais claras, se, de fato, a gente conseguirá curar uma parcela desses pacientes e se eles recebendo essa medicação de forma mais precoce vão viver mais do que aqueles que recebem só quando a doença já se espalhou”, esclarece;


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