DECISÃO
Justiça mantém prisão de três torcedores por porte de explosivos em Maceió
Acusados foram detidos pela PMAL após partida de futebol entre CSA e Náutico
A justiça de Alagoas decidiu manter as prisões dos torcedores Samuel Lucas Pereira da Silva, Antônio Severo da Silva e Kaue Almeida da Silva. A decisão é desta quinta-feira, 27. Os acusados foram presos pela Polícia Militar de Alagoas (PMAL) portando artefatos explosivos após um jogo de futebol entre o CSA e Náutico ocorrido em Maceió na quarta-feira, 26.
A audiência de custódia foi conduzida pelo juiz Geraldo Amorim, que destacou a incidência de um movimento de torcedores que se reúnem para a prática de crimes patrimoniais ou contra a saúde, integridade física e até contra a vida de outras pessoas.
“O futebol é um esporte que potencialmente une famílias e cria hábitos e memórias afetivas nas pessoas, repassando valores e construindo tradições familiares. Entretanto, com os crescentes ataques, agressões e violências que estão acontecendo nos jogos de futebol, dentro dos estádios e nas dependências, as famílias estão sendo afugentadas, sendo privadas do lazer, dos valores e tradições do futebol em razão da ação de determinados grupos criminosos”, comentou o juiz.
O magistrado explicou que para esses casos é necessário aplicar a medida cautelar adequada de forma rigorosa, conforme prevê a legislação.
“Não se pode mais tolerar essa violência criada pelas ‘torcidas organizadas’, porque os direitos constitucionais violados, nessas ocasiões, são muito caros e custosos à população, que é diretamente afetada”, afirmou.