Outubro Rosa
Outubro rosa: mitos e verdades sobre o câncer de mama
O extra apresenta os esclarecimentos sobre os pontos mais comuns relacionados à doença
Outubro chegou, e a cor rosa domina as ruas e as redes sociais. O Outubro Rosa é a campanha de conscientização mais famosa do mundo na luta contra o câncer de mama, ganhou notoriedade global por seu símbolo marcante e sua mensagem vital: o diagnóstico precoce salva vidas.
Durante este mês, a meta é disseminar informações corretas e encorajar todas as pessoas a cuidarem da saúde. No entanto, o câncer de mama é cercado por muitos mitos que criam dúvidas e medo, o que pode afastar as pessoas da prevenção, por isso é crucial desvendar o que é mito e o que é verdade sobre a doença.
Para combater a desinformação, o EXTRA apresenta os esclarecimentos sobre os pontos mais comuns relacionados à doença:
Desvendando os Mitos sobre Risco e Prevenção
Mitos
Câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar?
Falso. A maioria dos casos (cerca de 85% a 90%) ocorre sem uma causa genética clara e não está ligada à hereditariedade. Embora o histórico familiar seja um fator de risco, ele não é o principal.
O autoexame substitui a mamografia?
Falso. O autoexame é importante para o autoconhecimento, mas a mamografia é o principal exame de rastreamento. Ela consegue detectar lesões muito pequenas, indetectáveis ao toque, aumentando as chances de cura.
Usar sutiãs apertados causa a doença?
Falso. Não há nenhuma comprovação científica que relacione o uso dessas peças de vestuário ou de cosméticos ao desenvolvimento do câncer de mama.
A prótese de silicone aumenta o risco de câncer?
Falso. As próteses são seguras e não aumentam o risco. Elas também não impedem a realização da mamografia, apenas exigem técnicas de posicionamento específicas para que o tecido mamário seja bem visualizado.
Todo nódulo na mama é maligno?
Falso. A maioria dos nódulos, principalmente em mulheres jovens, é benigna (como cistos ou fibroadenomas). Contudo, qualquer alteração deve ser investigada por um médico.
Verdades
Reposição Hormonal (TRH) pode aumentar o risco?
Verdade. A terapia de reposição hormonal, especialmente se utilizada por tempo prolongado e sem acompanhamento médico, pode elevar o risco, pois estimula as células mamárias.
A amamentação é um fator de proteção?
Verdade. Amamentar reduz a exposição da mulher aos hormônios que podem estimular o câncer, sendo um benefício comprovado.
Idade avançada é um fator de risco importante?
Verdade. Quatro em cada cinco casos da doença ocorrem após os 50 anos, tornando a idade um dos principais fatores de risco.
Importância do Rastreamento e do Diagnóstico?
A confusão sobre os métodos de detecção é um obstáculo. Embora o autoexame seja crucial para que a mulher perceba mudanças no seu corpo, é a mamografia que se mantém como a principal ferramenta no combate ao câncer de mama, sendo capaz de identificar lesões em estágios iniciais, o que é crucial para a eficácia do tratamento.
O INCA recomenda que o rastreamento seja feito em mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos, mas a periodicidade e a idade inicial podem ser alteradas se a paciente tiver fatores de risco ou histórico familiar. A chave é sempre procurar uma avaliação especializada.