VARAS CRIMINAIS
PC conclui inquérito sobre morte de esteticista, mas aguarda decisão do TJ
Definição judicial é necessária para envio do inquérito e continuidade dos trâmites
A Polícia Civil respondeu à nota do Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas e informou que o inquérito sobre a morte de Cláudia Pollyanne Farias de Sant Anna foi concluído em 20 de novembro de 2025, com indiciamento do dono da clínica por homicídio doloso. A corporação aguarda decisão da Justiça sobre a vara responsável.
O documento, aponta o proprietário da clínica Mauricio Anchieta como indiciado pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar ou assunção do risco de morte.
A Polícia Civil afirma que a definição judicial é necessária para envio do inquérito e continuidade dos trâmites. A investigação foi conduzida por comissão formada por quatro delegadas, criada por determinação do Delegado-Geral Gustavo Xavier.
Mais cedo, o Movimento divulgou nota nesta segunda-feira, 1, cobrando avanço no caso, que já supera 110 dias desde o crime. A entidade menciona lentidão mesmo após a criação da equipe especializada.
A nota direciona atenção à delegada Ana Luiza Nogueira e menciona informações repassadas pela coordenadora das DEAMs. Segundo ela, mais de 30 vítimas registraram queixas contra o casal investigado, relatando dopagem diária, amarrações, estupros, agressões, tortura e cárcere privado, com possível participação de profissionais.
"Foi suscitado o conflito negativo de competência pelas duas varas criminais de Marechal Deodoro, fato esse que está sendo decidido pelo Poder Judiciário do Estado de Alagoas, especificamente pelo Tribunal de Justiça", expicou a delegada Ana Luiza Nogueira em vídeo.
O Movimento afirma que Mauricio Anchieta e Jessica Vilela seguem presos por crimes de tortura e estupro contra outras vítimas, mas não pela morte de Cláudia Pollyanne. Um Habeas Corpus deve ser julgado nesta semana pelo Tribunal de Justiça de Alagoas.
Anchieta teve outra clínica fechada em São Paulo por maus-tratos e possui registros por tráfico de drogas e homicídio, segundo o Movimento. A entidade cobra avanço da Polícia Civil e do Judiciário e reafirma defesa por cuidados em liberdade dentro da Rede de Atenção Psicossocial.



