clínica clandestina

Movimento cobra rapidez no inquérito da morte de esteticista em Marechal

Entidade critica atraso de mais de 100 dias e alerta para possível soltura dos suspeitos
Por Redação 01/12/2025 - 08:43
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Reprodução/Instagram
Cláudia Pollyanne
Cláudia Pollyanne

O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas (MNVCT), sediado em São Paulo, divulgou nesta segunda-feira, 1º, nota à imprensa cobrando a conclusão do inquérito que apura o assassinato da esteticista Claudia Pollyanne, morta em uma clínica clandestina no município de Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió. O caso, considerado de extrema gravidade pela entidade, já ultrapassa 110 dias sem desfecho.

A investigação está sob responsabilidade de uma comissão formada por quatro delegadas, criada por determinação do Delegado-Geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier. Apesar da mobilização institucional, o Movimento critica a lentidão do processo, que já ultrapassa 100 dias desde a formação da equipe especializada.

A nota direciona atenção especial à presidente do inquérito, delegada Ana Luiza Nogueira, reconhecida por sua atuação na defesa de mulheres e pela mobilização pública sobre casos de violência. Segundo informações divulgadas pela própria delegada, mais de 30 vítimas já prestaram queixa contra o casal investigado, relatando episódios de dopagem diária, amarrações, estupros, violência física e psicológica, tortura e cárcere privado — tudo supostamente praticado com a conivência de profissionais da clínica.

O Movimento ressalta que os suspeitos Mauricio Anchieta e Jessica Vilela ainda não foram presos pela morte de Claudia Pollyanne, mas apenas por crimes de tortura e estupro contra outras vítimas. Um Habeas Corpus deve ser julgado nesta semana pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), e a entidade afirma que a eventual soltura seria “injusta e perigosa”, especialmente para amigos da vítima que vivem em Maceió e podem estar sob risco.

Anchieta acumula ainda o fechamento de outra clínica em São Paulo por maus-tratos, além de antecedentes por tráfico de drogas e homicídio, segundo o MNVCT. Ao final, o Movimento reforça a cobrança por uma investigação rigorosa e célere, exigindo respostas da Polícia Civil e do Judiciário alagoano para garantir justiça e evitar novos crimes. A entidade reafirma ainda sua luta contra práticas de internação violenta e defende o cuidado em liberdade, baseado na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e em políticas de redução de danos.

Confira na íntegra

O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas vem a público cobrar, por meio desta nota, a conclusão imediata do inquérito policial que apura o assassinato da esteticista Claudia Pollyanne, vítima de uma barbárie em uma clínica clandestina no município de Marechal Deodoro, interior de Alagoas. O caso está sendo acompanhado por quatro delegadas, designadas após determinação do Delegado-Geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier. 

Entretanto, mais de 110 dias se passaram desde o homicídio, e a comissão criada para acompanhar o caso já existe há mais de 100 dias, sem que a investigação tenha sido finalizada. O Movimento cobra atenção especial da presidente do inquérito, delegada Ana Luiza Nogueira, conhecida por sua atuação em defesa das mulheres, que frequentemente expõe a causa em redes sociais e na imprensa. 

Mais de 30 pessoas, de acordo com a própria delegada, prestaram queixa contra o casal criminoso. Essas vítimas foram dopadas diariamente, amarradas, estupradas, submetidas a abuso físico e psicológico, tortura e cárcere, tudo com a conivência de profissionais que atuavam na clínica. É imprescindível que crimes dessa gravidade recebam prioridade máxima nas investigações. Ressaltamos que Mauricio Anchieta e Jessica Vilela ainda não foram presos pela morte de Claudia Pollyanne, mas apenas por tortura e estupros cometidos contra outras vítimas. 

Nesta semana, um Habeas Corpus será julgado no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), e seria injusto que eles fossem libertados. Alertamos ainda que os amigos de Claudia Pollyanne, residentes em Maceió/AL, continuam expostos a riscos significativos caso os suspeitos sejam soltos. Mauricio Anchieta já teve outra clínica fechada em São Paulo por maus-tratos, além de antecedentes por tráfico de drogas e homicídio. O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas reafirma a cobrança à Polícia Civil e ao Judiciário de Alagoas por uma conclusão célere e rigorosa do inquérito, garantindo justiça aos amigos de Claudia Pollyanne e prevenindo novos crimes. 

Por fim, o MNVCT deixa explícita sua luta contra as Comunidades Terapêuticas e contra todas as formas de manicômio e ressalta seu compromisso com a defesa do Cuidado em LIBERDADE, laico, territorializado, pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e via estratégias de Redução de Danos, com respeito a dignidade e aos direitos humanos. 

São Paulo, 1º de Novembro de 2025 

Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas


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