INVESTIGAÇÃO

Testemunha do caso Marielle diz estar jurada de morte

Por Notícias ao Minuto 09/05/2018 - 19:44

ACESSIBILIDADE

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Uma testemunha-chave procurou a polícia para fazer revelações importantes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes.

Em três depoimentos, obtidos com exclusividade pelo O Globo, ela relatou reuniões entre um miliciano, o ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, que atualmente está preso em Bangu 9, e um político do Rio de Janeiro, que seria o vereador Marcello Siciliano (PHS-RJ).

O assunto tratado nestes encontros teria relação com prejuízos causados pela luta da vereadora contra o avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá, onde o grupo de Orlando atuava.

Nesta quarta-feira, 9, o jornal divulgou que a decisão da testemunha em delatar a milícia foi tomada porque ela está sendo ameaçada de morte por Orlando. A testemunha chegou a trabalhar para a milícia, mas saiu do grupo em setembro do ano passado.

"Orlando foi preso um mês depois. Ele acha que a denúncia foi minha. Não tive nada com isso", afirmou a testemunha.

O delator admitiu que instalava TV a cabo clandestina com dois policiais militares na comunidade da Boiúna, em Jacarepaguá. Até que Orlando assumiu todo o controle da favela. "Em 2015, Orlando de Curicica matou um dos meus sócios e me procurou. Deixou claro que eu poderia morrer também. Entreguei tudo para ele e entrei para a quadrilha. Até acontecer um problema: pedi para sair, mas ele não deixou. Passei, então, a ser uma espécie de segurança. A tarefa principal era dirigir para o filho e a mulher dele", completou.

Leia mais sobre


Encontrou algum erro? Entre em contato