JUSTIÇA

Ex-presidente Michel Temer deve voltar a prisão, determina TRF-2

Por Uol 08/05/2019 - 20:28
Atualização: 08/05/2019 - 20:41

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Foto: Isac Nóbrega
Michel Temer durante cerimônia no Planalto
Michel Temer durante cerimônia no Planalto

Por dois votos a um, o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) revogou na noite desta quarta-feira, 8, o habeas corpus cedido no fim de março a Michel Temer (MDB). O ex-presidente está em São Paulo e se entregará amanhã, afirmou o advogado Eduardo Canelós.

A defesa disse que negociará com o juiz federal Marcela Bretas, que havia determinado a prisão de Temer em 21 de março, detalhes da reapresentação de Temer prisão.

Responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio, caberá a Bretas determinar se Temer ficará detido em São Paulo ou será novamente transferido para o Rio. O advogado de Temer criticou a decisão dos desembargadores.

"Eu só posso lamentar, embora respeitando os desembargadores que assim entenderam. Considero isso uma injustiça", criticou. "Considero isso mais uma página triste na história recente do Judiciário brasileiro". Solto desde 25 de março após passar quatro dias preso, o ex-presidente é réu em outras cinco ações, além da que tramita agora, relacionada à construção de Angra 3.

Temer havia sido preso preventivamente em 21 de março por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável pela Operação Lava Jato no Rio.

Após ser preso em São Paulo, Temer foi trazido para o Rio de Janeiro, onde ficou detido na Superintendência da PF (Polícia Federal). Ele foi mantido em uma sala de estado-maior - espaço similar ao ocupado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sede da PF em Curitiba.

Coronel Lima também voltará à prisão

A decisão também revogou a liberdade do coronel reformado da Polícia Militar, João Baptista Lima Filho, tido como "braço direito" de Temer em um esquema que teria desviado R$ 1,1 milhão em propina da Eletronuclear -- estatal responsável pela construção da usina Angra 3.

A defesa do coronel Lima foi procurada pela reportagem do portal Uol, e ainda não informou sobre a sua reapresentação à Justiça. Os demais investigados, entre eles o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia), permanecerão em liberdade.


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