PROPINA DA ODEBRECHT
PGR pede mais dois meses para concluir investigação contra Renan Calheiros
Inquérito investiga valores de R$ 5 milhões e tramita desde 2017
Foi pedida ontem, 11, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a prorrogação, por mais 60 dias, do inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suspeita de pagamentos feitos pela Odebrecht ao parlamentar.
O inquérito que investiga valores de R$ 5 milhões tramita desde 2017 e em junho deste ano, o relator do caso, ministro Edson Fachin, cobrou da Polícia Federal (PF) um desfecho para o caso, pois a investigação já foi prorrogada outras oito vezes.
No pedido, a PGR afirmou que “as evidências arrecadadas no inquérito” até o momento indicam que a empreiteira efetuou o pagamento de vantagem indevida aos senadores em 2014, como contrapartida à atuação dos parlamentares para a aprovação de uma medida provisória que estabeleceu regime de tributação vantajoso ao Grupo Odebrecht.
O órgão, no entanto, disse que “os atos de investigação realizados até esse momento não permitiram o integral preenchimento de todas as lacunas indicadas anteriormente”.
“Nota-se que o trabalho investigativo da Polícia Federal já se encontra em estágio avançado, contudo, a complexidade e as especificidades dos fatos em apuração indicam que é necessária a continuidade da apuração com a conclusão das diligências indicadas pela autoridade policial, além de outras aptas à completa elucidação dos fatos investigados.”, escreveu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.
Entre as novas diligências solicitadas, está a oitiva de quatro testemunhas, informações das viagens feitas de avião, em 2014, de um funcionário da Câmara que seria ligado a Renan, além do compartilhamento de provas de outros inquéritos que tramitam no STF.
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