Senador Rodrigo Cunha vai à Polícia Legislativa denunciar agressão por secretário

O senador Rodrigo Cunha (União), pré-candidato ao governo de Alagoas, conformou em entrevista nesta manhã, 15, que foi vítima de agressão do vereador licenciado e atual secretário de Estado de Prevenção à violência, Kelmann Vieira, e um grupo que estava com ele no estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca.

O candidato disse que precisou deixar o estádio , onde assistia com os filhos o jogo entre Asa e Rio Branco (AC), neste domingo (14), após ser agredido. Rodrigo afirmou que já está tomando as providências acerca do caso junto à assessoria Jurídica e irá denunciar a agressão à Polícia Legislativa do Senado Federal. Ele também exigiu que o governo de Alagoas aja em relação a “um secretário de Prevenção à Violência que incita a violência”.

“O secretário de Prevenção à Violência de Alagoas incitou a turma que estava com ele para me agredir e me provocar, com discurso de ódio. Fiquei tenso, porque estava com meus filhos e houve um momento no qual a própria torcida pediu para que o vereador saísse do estádio. A Polícia Militar esteve lá, mas o vereador deu a famosa ‘carteirada’, mostrando que era secretário de Estado, e permaneceu no local”, relatou Rodrigo.

Várias personalidades políticas se solidarizaram com o senador, a exemplo do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, e do prefeito de Maceió, JHC.

O senador contou que acompanhantes de Kelmann, possivelmente seguranças, chegaram a pegá-lo com força e a puxá-lo pelo braço. “Houve contato físico e vou exigir providências. Esse discurso de ódio não pode mais ter espaço em canto nenhum. Não há espaço para isso mais em Alagoas”, completou, agradecendo a torcida do ASA que saiu em sua defesa.

As agressões geraram revolta por parte dos torcedores e a Guarda Municipal e a Polícia Militar precisaram intervir. Na tentativa de evitar um problema maior, Rodrigo preferiu deixar o local com as crianças, antes do final da partida.

Ontem (14), nas redes sociais, Rodrigo já havia denunciado as agressões “orquestrada por um pequeno grupo de políticos, ligados ao governador tampão eleito pela Assembleia Legislativa”

Em nota pública, o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, manifestou inteira solidariedade ao senador, “reconhecidamente um homem pacato, ético e de reputação ilibada, que estava acompanhado de seus filhos assistindo ao jogo deste domingo, no Estádio Municipal, quando esse vereador de Maceió tentou tumultuar com provocações ao Senador da República”.

“Em Arapiraca não existe espaço para discurso de ódio nem para intimidação. Em Arapiraca ninguém ganha no grito. Aqui moram homens e mulheres de bem que se respeitam independentemente das suas opiniões políticas. A atitude desprezível do vereador de Maceió só realça as características de quem usa a força, a violência como instrumento da política”, prosseguiu o prefeito.

Já o prefeito de Maceió, JHC, questionou: “Violência, truculência, incitação ao ódio, desrespeito à família. É isso que queremos para Alagoas? Infelizmente aqui ainda quem comete crime fica impune e esses são premiados a cargos que jamais deveriam ocupar”.

A reportagem do Extra não conseguiu contactar o secretário Kelmann Vieira para que desse a versão dos fatos. O celular do secretário está na caixa postal e contato por Whatsapp não foi visualizado até este momento. O Extra mantém o espaço aberto para ouvir o secretário.