POLÍTICA
Operação da PF contra empresários que apoiam golpe irrita o Planalto

O Palácio do Planalto reagiu com "irritação", segundo Andréia Sadi, do g1, à operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (23) contra empresários que, em um grupo de WhatsApp, defenderam um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Lula (PT) vença a eleição.
Dois fatores aumentaram a revolta do Planalto com a operação: 1) ela acontece no mesmo dia em que Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se reunirá com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; 2) a inclusão de Luciano Hang, dono das lojas Havan e aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), no rol de investigados foi vista como "provocação".
O ministro Alexandre de Moraes, que exerce atualmente a pesidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vai se reunir nesta terça-feira (23) com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Oliveira, e o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, Caio Pelim.
O encontro com o ministro da Defesa está previsto para ocorrer às 15h30, no gabinete da presidência do TSE. Uma hora depois, Moraes recebe os dois gestores da PF. Os detalhes das reuniões não foram divulgados. Às 19h, Moraes participa de uma sessão ordinária na Corte eleitoral.