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Lira assiste ao jogo do Brasil enquanto deputados o aguardam para criar CPI

Presidente da Câmara está no Catar; parlamentares querem investigar o STF
Por Bruno Fernandes 28/11/2022 - 08:41
Atualização: 28/11/2022 - 09:14
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Reprodução/Instagram/Arthur Lira
O presidente Arthur Lira durante viagem pelo Catar
O presidente Arthur Lira durante viagem pelo Catar

Enquanto deputados bolsonaristas aguardam ansiosamente uma decisão sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ações dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado e presidente da Casa, Arthur Lira (PP), não demonstra preocupação com o assunto e se prepara para assistir presencialmente ao jogo entre Brasil e Suíça, nesta segunda-feira, 28, às 13h, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo 2022.relacionadas_esquerda

Antes de assistir ao jogo de logo mais, Lira que é considerado a maior autoridade brasileira presente no evento, participou no último domingo de uma reunião com os chefes dos Parlamentos de países do norte da África e do Oriente Médio.

“Conversamos sobre Copa do Mundo e aproximação de povos e países. A convite do Parlamento do Catar, onde acontece a Copa do Mundo, falamos também do interesse em aprofundar relações bilaterais e o diálogo entre os dois Parlamentos”, publicou em sua conta oficial no Instagram.

Apesar de ter reunido o apoio de 181 deputados, a chamada CPI do Abuso de Autoridade, apelidada de CPI do Xandão, não sairá do papel ao menos este ano. Foi o que o primeiro-vice-presidente da Casa, Lincoln Portela (PL-MG), informou na sexta-feira, 25.

Ontem, no entanto, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS), autor do requerimento de criação da CPI, disse por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais que o presidente da Câmara, Arthur Lirar na próxima terça-feira, 29, deverá se posicionar sobre o pedido de instalação.

Regimentalmente uma CPI não pode começar a funcionar em uma legislatura e terminar em outra. Uma alternativa admitida por Marcel é buscar assinaturas para a instalação de uma CPI mista, também com apoio de senadores, e apresente novo pedido depois da posse dos novos congressistas, em fevereiro.

Entre os casos para os quais o deputado gaúcho pede investigação estão a busca e apreensão no endereço de empresários por terem compartilhado mensagens de teor golpista em aplicativo; a determinação de bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas e empresas suspeitas de financiarem atos antidemocráticos; e o que ele classifica como censura contra parlamentares , o economista Marcos Cintra, a produtora Brasil Paralelo, a Jovem Pan e o jornal Gazeta do Povo.

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