Gabriel Muricca Galípolo, economista de 42 anos, foi escolhido pelo governo federal para substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC). Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo ocupa desde 2023 o cargo de diretor de política monetária da autarquia. Caso seja aprovado pelo Senado, ele será o segundo comandante do BC independente, com mandato de 2025 a 2028.

Galípolo tem uma ligação próxima com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele atuou como conselheiro durante a campanha eleitoral de 2021 e fez parte da equipe de transição do governo. Após a posse de Lula, Galípolo assumiu a função de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, tornando-se uma figura de confiança e braço direito de Haddad.

Sua carreira começou na academia, onde foi professor de Ciências Econômicas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) entre 2006 e 2012. Paralelamente, em 2007, ele iniciou sua atuação no setor público, ocupando o cargo de assessor econômico na Secretaria dos Transportes do Estado de São Paulo, durante a gestão do ex-governador José Serra. Em 2008, Galípolo passou a integrar a Secretaria de Economia do Estado, assumindo a unidade de estruturação de projetos de concessão e Parceria Público-Privada (PPP).

Em 2023, Galípolo foi a primeira indicação de Lula para a diretoria do Banco Central, onde assumiu a diretoria de Política Monetária. Desde então, sua atuação tem sido marcada por poucas divergências em relação ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.