POLÍTICA

Deputados de AL se calam sobre golpe e chamam indiciamento de "perseguição"

Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Cabo Bebeto saíram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro
Por Redação 22/11/2024 - 19:15

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ALE-AL; Câmara dos Deputados
Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Cabo Bebeto se manifestaram em defesa de Bolsonaro
Alfredo Gaspar, Fábio Costa e Cabo Bebeto se manifestaram em defesa de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, entre militares de alta patente e aliados, pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. A notícia gerou forte acontecimento entre parlamentares bolsonaristas de Alagoas, que classificaram a ação como uma “perseguição sem precedentes”.

O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil) afirmou que o indiciamento seria uma estratégia para desviar a atenção de problemas nacionais, como corrupção e crise econômica.

“Querem esconder isso a todo custo. A verdade jamais será ofuscada. 2026 vem aí!”.

Já o deputado federal Fábio Costa (PP) acusou o STF de “seletividade” e apontou um suposto uso político do sistema judiciário. 

“A ausência de provas é derivada por perseguição política, evidenciando o uso do sistema judicial como arma”, declarou.

Utilizando as redes sociais, o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes e do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que há manipulação de depoimentos e criação de provas contra Bolsonaro.

“Quanto mais batem, mais ele cresce. A direita está com você, Capitão!”, declarou, destacando o apoio da base conservadora ao ex-presidente.

Enquanto aliados expressaram indignação e saíram em defesa de Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que foi um dos principais aliados do governo Bolsonaro no Congresso, se manteve calado.

Os 37 enquadrados nos crimes estão ligados à tentativa de manter Bolsonaro no poder após a derrota na eleição presidencial de 2022. O plano da suposta organização criminosa previa até o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 28 anos de prisão.

As investigações concluíram que o planejamento da ruptura democrática teve reuniões com a cúpula das Forças Armadas, produziu rascunhos de minutas golpistas, planilha com detalhes da ação e esboço de um "gabinete de crise" que seria instalado após o envenenamento de Lula e a "eliminação" de Moraes por meio de artefato explosivo. Um dos pontos principais do documento é a indicação de que Bolsonaro tinha conhecimento do plano de assassinato do petista, de Alckmin e do ministro do STF.

Entre os indiciados estão ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, além de dois ex-comandantes das Forças Armadas: o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, e o general Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército.





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