O nome do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem ganhado força nas discussões internas do Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Saúde, na reforma ministerial prevista para o próximo ano. A possibilidade surge em meio a impasses envolvendo indicações de aliados do líder do Centrão para o comando da pasta.

A informação é do jornal Estado de Minas. Integrante de um dos principais partidos do bloco, o PP tem tradicionalmente reivindicado o Ministério da Saúde, atraído pelo orçamento bilionário e pela capilaridade política da pasta. Até o momento, as tentativas de Lira emplacar nomes de sua confiança no cargo foram frustradas, levando à especulação de que o próprio presidente da Câmara poderia ser uma alternativa para acomodar os interesses do grupo.

Apesar das movimentações, Lira já manifestou a aliados sua resistência em aceitar o convite. O deputado alagoano estaria preocupado com o desgaste político que o cargo pode trazer, especialmente diante de adversários no PT e de sua posição vulnerável como ministro, que poderia ser demitido a qualquer momento.

Para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contar com Lira no primeiro escalão representaria um passo estratégico para fortalecer a base aliada no Congresso. O parlamentar possui forte influência não apenas no PP, mas também em outras siglas do Centrão, o que ampliaria a governabilidade em um cenário político marcado por tensões e negociações constantes.