Com a possível redução no número de vagas na Assembleia Legislativa de Alagoas, de 27 para 24, o custo de uma cadeira no Parlamento estadual pode chegar a valores entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões. A estimativa é de especialistas e agentes políticos que acompanham de perto o mercado eleitoral alagoano. As informações foram publicadas pelo jornalista Voney Malta em seu blog. 

O cenário é ainda mais oneroso para quem pretende disputar uma vaga na Câmara Federal. Mesmo que o número de deputados federais pelo estado caia de nove para oito, como se especula, os grandes partidos projetam investimentos ainda mais altos: entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões por candidatura viável.

Além do peso financeiro da campanha, os atuais detentores de mandato saem com larga vantagem na corrida eleitoral, sobretudo por conta do uso das emendas parlamentares. Cada deputado federal tem à disposição entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões por ano para destinar a prefeituras e entidades com as quais mantém vínculos políticos — um recurso que desequilibra a disputa.

Os valores mencionados variam conforme o grau de influência do parlamentar, se integra a base do governo, está na oposição ou mantém proximidade com a Mesa Diretora das casas legislativas. Na prática, os gastos verdadeiros costumam ser ainda maiores que os oficialmente declarados, uma vez que a prestação de contas, em muitos casos, é considerada "fictícia".