xadrez político

Partidos de AL iniciam articulações para disputar vagas na Câmara em 2026

Com quociente eleitoral podendo ultrapassar 210 mil votos, legendas avaliam estratégias
Por Redação 29/04/2025 - 06:42
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Nelson Junior/ASICS/TSE/Dedoc/Divulgação
Disputa por vagas federais em Alagoas em 2026 esquenta com projeções de quociente acima de 210 mil votos
Disputa por vagas federais em Alagoas em 2026 esquenta com projeções de quociente acima de 210 mil votos

A formação das chapas proporcionais para a Câmara dos Deputados em Alagoas já movimenta os bastidores políticos com vistas às eleições de 2026. A indefinição sobre o número de vagas — se serão oito ou nove — influencia diretamente os cálculos eleitorais dos partidos. Em 2022, o quociente eleitoral foi de 183,8 mil votos. Para o próximo pleito, a depender da quantidade de cadeiras, esse número pode ultrapassar 210 mil votos.

Em 2022, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil) obteve a segunda maior votação individual, com mais de 102 mil votos. No entanto, em um cenário com apenas oito vagas e com as mesmas regras eleitorais, ele não teria sido eleito, uma vez que seu partido não atingiu o quociente necessário. 

A dificuldade em atingir o quociente mínimo afetou partidos como PSB, Republicanos e PSD na última eleição. Com isso, partidos avaliam se é mais estratégico formar chapas enxutas (“chapinhas”) com candidatos fortes ou chapas mais amplas (“chapões”) com maior diversidade de nomes. No cenário atual, MDB e PP estão entre os partidos que buscam formar chapas com potencial para alcançar diretamente o quociente e disputar mais de uma vaga.

O PSD, que passou a ser presidido pelo deputado federal Luciano Amaral, também trabalha para ampliar sua representação na bancada alagoana. O PP tem como meta eleger dois deputados federais, conforme acordo entre o governador Paulo Dantas, o presidente do PSD nacional, Gilberto Kassab, e o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor. A segunda vaga da chapa será aberta à disputa entre os candidatos, sem apoio exclusivo a um nome específico.

O ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira, é um dos nomes cotados para disputar essa segunda vaga pelo PSD. De acordo com interlocutores envolvidos nas articulações, a estratégia é apoiar apenas Luciano Amaral na chapa, permitindo uma concorrência interna equilibrada entre os demais postulantes. O PSD avalia que a composição da chapa pode atingir uma votação superior a 300 mil votos, o que, dentro das estimativas de quociente, garantiria duas vagas na Câmara dos Deputados.

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