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Impasse na fusão entre PP e União Brasil exclui Lira da presidência inicial
Acordo costurado por líderes das duas siglas altera previsão de rodízio no comando
A fusão entre os partidos União Brasil e Progressistas (PP), que deve resultar na maior bancada da Câmara dos Deputados e uma das maiores do Senado, enfrenta divergências internas antes mesmo de ser oficializada. A negociação para a formação de uma federação partidária entre as duas siglas previa um sistema de rodízio na presidência.
Inicialmente, o nome do deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, foi cogitado para assumir o primeiro mandato na liderança da federação. No entanto, o acordo foi alterado, e a presidência deve ficar, neste primeiro momento, com Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil.
Rueda comanda o União Brasil desde o afastamento de Luciano Bivar, após disputa interna pela direção do partido. A duração do mandato de Rueda na presidência da federação ainda não foi divulgada. A previsão é de que Arthur Lira assuma o posto em uma etapa posterior do rodízio.
A mudança na condução do acordo envolveu negociações com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A relação entre Alcolumbre e Lira já foi marcada por desentendimentos em outras ocasiões. Durante as tratativas, Arthur Lira cogitou a possibilidade de deixar o PP. A formalização da federação está prevista para ser anunciada nesta terça-feira, 29.