Vereadores de diferentes correntes ideológicas manifestaram incômodo com a pressão exercida pelo suplente Caio Bebeto (PL) para assumir de forma imediata a vaga do vereador Siderlane Mendonça (PL), afastado por decisão da Justiça Eleitoral. A movimentação do suplente, que é filho do deputado estadual Cabo Bebeto (PL), provocou reação até mesmo nos bastidores do próprio grupo político.

Conforme o jornalista Voney Malta, a atuação de Caio levou a Câmara Municipal de Maceió a divulgar uma nota oficial esclarecendo que "o vereador afastado pode permanecer até 120 dias fora do exercício do mandato sem necessidade de convocação do suplente".

A postura da família Bebeto também gerou críticas entre aliados do bolsonarismo. Internamente, chamou atenção o contraste com a retórica que costumam adotar quando políticos de direita são alvos de decisões judiciais. 

Em outras ocasiões, pai e filho condenaram afastamentos determinados pelo Judiciário, sobretudo quando envolviam decisões monocráticas ou ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas do governo Bolsonaro.

A mudança de posicionamento agora, quando a possível nomeação de Caio Bebeto depende justamente de uma decisão judicial contra um colega do mesmo partido, tem sido vista como oportunista por outros parlamentares.