O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não definiu quem ocupará a vaga destinada ao Ministério Público no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão, pendente há quase nove meses, esbarra em articulações que envolvem Arthur Lira e a disputa pelo Senado em Alagoas, em 2026, segundo matéria publicada nesta segunda-feira, 7, no portal Metrópoles.

Lira teria pedido ao Palácio do Planalto mais tempo antes da definição. O deputado deseja concorrer ao Senado, mas sua candidatura pode ser afetada por uma eventual aliança entre JHC e Renan Calheiros. JHC cogita entrar na disputa e passou a ser adversário de Lira no estado.

A escolha para o STJ também interessa a JHC. Sua tia, a procuradora Maria Marluce Caldas, integra a lista tríplice enviada pelo Ministério Público. Nos bastidores, aliados do prefeito falam em apoio a Lula nas eleições de 2026 em troca da nomeação de Marluce.

Além de Marluce, a lista conta com Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República, e Sammy Lopes, procurador de Justiça do Acre. Santos tem boa avaliação no Planalto, mas as negociações seguem travadas por fatores políticos.

Lira tenta influenciar a indicação usando sua posição como relator do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil. A proposta é considerada estratégica pelo governo e pode fortalecer o poder de barganha do deputado.

Em maio, Lula indicou Carlos Brandão, do TRF-1, para a primeira vaga aberta no STJ. O desembargador ainda não foi sabatinado pelo Senado. O cenário reforça a indefinição em torno das nomeações. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles nesta segunda-feira, 7.