POLÍTICA

Hugo Motta ameaça suspender deputados que ocupam plenário da Câmara

Presidente marcou sessão e vai presidir pessoalmente, mesmo com resistência
Por Redação 06/08/2025 - 21:00
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Agência Câmara
Hugo Motta presidirá sessão mesmo com plenário ocupado por bolsonaristas
Hugo Motta presidirá sessão mesmo com plenário ocupado por bolsonaristas

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), marcou para quarta-feira, 6, às 20h30, uma sessão no plenário da Casa, mesmo com a ocupação feita por parlamentares bolsonaristas. Ele afirmou que vai conduzir pessoalmente a sessão e ameaçou suspender deputados que não desocuparem a Mesa Diretora.

Durante reunião com líderes partidários, ficou decidido que Motta e os líderes caminharão juntos até o plenário, em sinal de unidade contra o movimento dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Secretaria-Geral da Mesa publicou norma afirmando que os deputados que impedirem o funcionamento da Casa podem ser suspensos por até seis meses, conforme o artigo 15, inciso XXX, do Regimento Interno da Câmara.

“Quaisquer condutas que tenham por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas sujeitarão os parlamentares ao disposto no art. 15, inciso XXX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (suspensão cautelar do mandato por até seis meses)”, diz o texto.

Mais cedo, a oposição declarou que não houve acordo com Motta e que manteria a ocupação. “Tivemos uma reunião com o presidente Hugo Motta – sem resultado, mas de muito respeito. Mas, de posicionamento, estamos reafirmando que não sairemos do plenário até que haja uma definição sobre as pautas que vocês já sabem”, disse o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS).

A ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado começou na terça-feira, 5, após a prisão domiciliar de Bolsonaro. Os parlamentares exigem a votação de um “pacote da paz” para encerrar o protesto. Entre os itens defendidos estão a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), criticou a ação, classificando-a como “arbitrária”. Ele afirmou que não aceitará “ser chantageado” e convocou uma sessão virtual para quinta-feira, 7.

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