POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro confronta o pai após ser chamado de “imaturo”

Deputado comparou crítica do ex-presidente a Temer e pediu mais responsabilidade
Por Redação 21/08/2025 - 21:30
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Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro
Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) confrontou o pai, Jair Bolsonaro (PL), após ser chamado de “imaturo” pelo ex-presidente durante entrevista sobre a atuação do filho nos Estados Unidos. A conversa, revelada em documento da Polícia Federal (PF) enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorreu em 15 de julho, seis dias depois de Donald Trump anunciar tarifaço de 50% a produtos brasileiros.

Incomodado com a declaração, Eduardo escreveu a Jair: “VTNC seu ingrato do caralho”, pedindo “responsabilidade” pelas críticas públicas. Em seguida, questionou: “Quero que você olhe para mim e enxergue o [Michel] Temer. Você falaria isso do Temer? Só isso”.

O atrito aconteceu em meio a divergências entre Eduardo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a condução das negociações com representantes da Embaixada dos EUA.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) foi lembrado por Eduardo como contraponto à forma como Jair tratou sua atuação. Temer teve papel central em crises anteriores envolvendo Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2021, após ataques de Jair a Alexandre de Moraes no 7 de Setembro, foi Temer quem articulou a carta de recuo do então presidente. Já em 2024, intermediou novamente, levando a promessa de Bolsonaro de não atacar ministros em ato na Avenida Paulista.

Após o embate, Jair respondeu ao filho dizendo que iria “resolver agora” a crise em nova entrevista. Pouco depois, enviou a Eduardo o print da fala em que afirmou que o deputado “está certo e luta por liberdade”.

O gesto levou Eduardo a recuar. Horas mais tarde, enviou mensagem ao pai pedindo desculpas: “Desculpa, peguei pesado... Estava puto na hora”.

Na sequência, publicou nota em rede social sobre conversa com Tarcísio, destacando que, apesar das diferenças, ambos atuam “na melhor das intenções do interesse dos brasileiros”.


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